A cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Inverno de 2022 aconteceu nesta sexta-feira, no estádio Ninho de Pássaro, em Pequim. Apesar do clima do habitual clima de festa, com apresentações e show de luzes, o evento teve como pano de fundo o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
O principal destaque foi a presença da delegação ucraniana, que chegou à China na última semana para a competição. Em contrapartida, os atletas da Rússia e de Belarus não participaram da festa e tampouco vão disputar as Paralimpíadas.
“Nossa presença nos Jogos Paralímpicos não é insignificante. É um símbolo de que a Ucrânia foi, é e será um país”, disse Valeriy Sushkevych, presidente do Comitê Paralímpico Ucraniano, cujos representantes tiveram que viajar de ônibus pela Europa para pegar um voo para a China.
Anteriormente, a participação dos países sob uma bandeira neutra foi especulada, mas as nações foram excluídas de forma definitiva pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC) nesta quinta-feira.
O presidente chinês Xi Jinping foi o responsável por declarar aberta a 13ª edição dos Jogos Paralímpicos, que será disputada por nove dias. O presidente do IPC, Andrew Parsons, usou o microfone para pedir “paz” durante o seu discurso. A cerimônia acontece exatamente uma semana após a invasão russa à Ucrânia.
“O século 21 é feito para o diálogo e a diplomacia, não para a guerra e o ódio. A Trégua Olímpica para a Paz durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos é uma resolução da ONU adotada por consenso por 193 Estados-membros durante a 76ª Assembleia Geral da ONU. Deve ser respeitada e aplicada, não violada”, disse Andrew Parsons.
A ação das tropas russas, ordenada pelo presidente Valdimir Putin, teve impacto direto no mundo do esporte. Após um apelo do Comité Olímpico Internacional (COI), a Rússia foi excluída não só da Paralimpíada de Pequim, mas como também das competições da Fifa e da Uefa. No Automobilismo, as referências ao país e Belarus estão vetadas.