SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Suplente da equipe americana de esgrima nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Alen Hadzic foi acusado de importunação sexual por três mulheres e precisou de uma autorização especial para integrar a delegação olímpica.
Apesar de ter conseguido autorização para integrar o grupo, ele está sendo mantido afastado da delegação seguindo um plano de segurança elaborado para a situação. Além de treinar longe dos demais integrantes, Hadzic não foi autorizado a entrar na Vila Olímpica.
Suspenso pela SafeSport, iniciativa criada pelo Comitê Olímpico dos Estados Unidos para investigar condutas inapropriadas, Hadzic conseguiu a liberação para ir às Olimpíadas de Tóquio por meio de um processo arbitral. Ainda assim, a federação de esgrima decidiu manter o esgrimista em um hotel, longe do restante da equipe. Ele também viajou para Tóquio em um voo diferente dos demais.
Hadzic chegou a entrar com um recurso contra essa decisão, mas toda a equipe de esgrima dos Estados Unidos assinou uma carta exigindo que as medidas fossem mantidas. Ao BuzzfeedNews, uma das atletas que integra a equipe afirmou que “ele tem sido protegido” durante todo este tempo.
“Agora temos que lidar com as consequências de ter um predador na equipe e, ao mesmo tempo, competir no maior evento de nossas vidas. E eu acho que é uma posição muito injusta para nos colocar”, disse a atleta, cujo nome não foi revelado
As acusações contra Hadzic começaram em 2010, quando ele estudava e atuava pela Universidade de Columbia. O atleta foi expulso da equipe de esgrima e suspenso da Universidade por um ano após denúncias feitas por colegas.
Questionado pelo jornal USA Today, o esgrimista negou todas as acusações. Por ser parte da equipe suplente, o atleta só competirá caso algum titular se lesione ou fique doente.