O argentino Sergio “Kun” Agüero comentou sobre a sua ida para o Barcelona, a saída do compatriota e amigo Lionel Messi para o Paris Saint-Germain, o período em que esteve no Manchester City e até de Cristiano Ronaldo. Em entrevista ao jornal argentino El Pais, o atacante que ainda não estreou oficialmente pelo clube espanhol devido a uma lesão, não escondeu a tristeza sentida tanto por ele como por Messi, quando este se transferiu para Paris.
“Foi um momento de choque. Ele (Messi) estava muito mal. Quando eu soube não podia acreditar. Nesse sábado fui vê-lo em sua casa. E, pela minha personalidade, como não o sentia bem, tentei fazer com que se esquecesse do que se tinha passado. Vi que estava meio apagado e tentei distraí-lo. Contei-lhe sobre a minha equipe de e-sports e sobre as coisas que iríamos fazer”, contou Agüero.
O argentino não escondeu que parte do motivo que o levou a assinar com o Barcelona foi a possibilidade de jogar com Messi. Porém, a saída surpreendente do ex-número 10 do time espanhol não abalou o atacante, que afirmou não estar arrependido da sua escolha.
“Não me arrependo. Vamos ser sinceros… Que jogador não quer estar no Barça? Eu diria que a maioria dos futebolistas gostaria de vestir esta camisa, por mais que o Barça esteja bem ou mal. Cheguei com a expectativa de jogar com Leo (Messi) e de que se formasse uma boa equipe, que era o que o clube estava fazendo. Quando me ligaram pensei: ‘Aquilo que me paguem me dá igual. Vou ficar bem e vou ajudar a equipe naquilo que mais possa”, afirmou.
Agüero, um dos amigos mais próximos de Messi e com quem já atuou junto muitas vezes o serviço da seleção da Argentina, foi ainda questionado sobre a habitual comparação entre o craque argentino e Cristiano Ronaldo e, apesar da amizade, não poupou nos elogios ao português.
“A diferença entre eles é futebolística. Esse talento vem de fábrica. Cristiano é mais avançado que o Leo. E aquilo que o Cristiano tem é que, como todos os goleadores, quando está confiante faz gols, gols e gols”, explicou.
Agüero ainda falou sobre os vários anos a serviço do Manchester City e a sua relação com o técnico espanhol Pep Guardiola. “Nunca tive problemas com Guardiola. Já mais discuti com ele. Sim, tivemos que aclarar coisas. Quando chegou, como não nos conhecíamos, tivemos uma etapa de tentativa e erro. Mas os últimos três anos foram fantásticos. Não tenho nada para reclamar. É um treinador que quer sempre o máximo”, concluiu.