RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A Comissão de Ética do Futebol Brasileiro decretou nesta terça-feira (31) mais um afastamento preventivo a Rogério Caboclo da presidência da CBF. A sanção em caráter temporário vale por mais 60 dias e diz respeito à denúncia de assédio moral feita pelo diretor de tecnologia da informação da CBF, Fernando França.
A nova punição vem uma semana após a condenação dada pela mesma Comissão a Caboclo, mas em outro processo. Ele foi condenado com um total de 15 meses de afastamento por “comportamento inapropriado” direcionado a uma funcionária. Caboclo perguntou a ela: “Você se masturba?”. Inicialmente, a denúncia foi por assédio moral e sexual, mas houve uma desclassificação no julgamento.
Para os opositores do dirigente, o novo afastamento de Caboclo supre uma lacuna deixada pela não marcação da assembleia das federações estaduais, que obrigatoriamente precisa aceitar ou não a punição de 15 meses.
Como os dirigentes não deliberaram ainda, Caboclo só estava até o momento fora da cadeira de presidente da CBF porque ainda está em vigor um gancho de 60 dias decretado pela Comissão de Ética em 3 de julho.
Como essa pena expiraria na quinta-feira (2), em tese, Caboclo poderia voltar ao poder se não houvesse nova deliberação tanto da Comissão quanto da assembleia geral.
Agora, a tendência é que a CBF só marque uma nova assembleia quando o processo movido por Fernando França for concluído, o que aconteceria até o fim de setembro, para que as punições sejam analisadas pelas federações de uma vez só. Se for punido novamente, a pena neste segundo processo será acrescentada aos 15 meses decretados inicialmente, o que pode fazer com que Rogério não consiga voltar ao poder antes do fim do mandato, que é em abril de 2023. Se ficar só nos 15 meses, ele volta em setembro de 2022.