Após praticamente uma década longe do futebol nacional – atuou quase 10 anos pelo Shakhtar Donetsk, da Ucrânia -, o atacante Dentinho voltou ao Brasil e vai jogar no Ceará. Apresentado oficialmente nesta segunda-feira, em Fortaleza, o jogador de 33 anos falou sobre sua escolha pelo clube cearense, mas não deixou de revelar detalhes de sua relação com o Corinthians, onde surgiu nas categorias de base e foi profissionalizado. Contou, por exemplo, que neste período na Europa teve seis oportunidades de voltar ao time paulista, mas isso não aconteceu por causa da negativa dos ucranianos.
“Meus números do Corinthians foram muito bons. E ninguém fica fora do Brasil por 10 anos à toa. Eu me dediquei muito. Sobre o Corinthians, tive seis oportunidades em temporadas de voltar, mas o time da Ucrânia não liberava”, revelou Dentinho. Ele subiu à equipe profissional do clube paulista no início de 2007, no ano do rebaixamento no Brasileirão, e foi um dos principais destaques do título da Série B na temporada seguinte.
“Quando eu saí, achei que ia ter a porta aberta, mas infelizmente não rolou. Isso faz parte do futebol. Estou muito feliz de estar no Ceará. Tenho certeza de que vai ser uma grande temporada e vamos conquistar coisas grandes”, prosseguiu. O novo camisa 31 do time cearense também disse que, se fizer um gol contra seu ex-clube, não vê problemas em comemorar.
Dentinho ainda falou sobre seu posicionamento e que conversará com o técnico Tiago Nunes sobre onde será melhor atuar. “Jogar uma Liga dos Campeões é muito difícil. Mas finalizo bem, tenho habilidade. Estou vindo para somar e ajudar o clube. O contato foi da diretoria com meu empresário. Em um segundo momento, conversei com Tiago Nunes. A diretoria mostrou a estrutura do clube. Fiquei feliz e fechei. É um motivo de felicidade para mim e para minha família”, completou.
Dentinho chega ao Ceará em um momento de instabilidade do clube. O time foi eliminado precocemente do Estadual e tem apostado todas suas fichas na Copa do Nordeste. Atualmente, é o líder do Grupo B e já classificado à próxima fase.
“A eliminação foi um golpe muito duro para o grupo. Temos que vencer o máximo de jogos possíveis. O protesto é normal, mas sem violência. Não apoio esses protestos violentos, têm muitas famílias. Nenhum jogador ou clube vai (a campo) de sacanagem. Estou aqui para falar sobre isso também, para pedir paz nos estádios”, finalizou.