O presidente do Barcelona, Joan Laporta, anunciou nesta segunda-feira que o clube catalão vendeu uma participação de 25% de seu centro de produção de conteúdo a fim de aumentar seu poder financeiro. A ação também é uma tentativa de usar os jogadores contratados de forma imediata. O valor envolvido na negociação é de aproximadamente 102 milhões de euros (cerca de R$ 540 milhões).
O montante deve permitir que o Barcelona atenda às finanças do Campeonato Espanhol. Recentemente, o clube trouxe Robert Lewandowski, Raphinha e Jules Kounde e desembolsou 163 milhões de euros (algo em torno de R$ 847 milhões). O alto investimento gasto para reforçar o time colocou o dirigente no centro de críticas por sobrecarregar o futuro do time com essas estratégias de encontrar dinheiro novo.
‘O risco está sob controle. Precisamos salvar o clube e trazer novos jogadores’, defendeu-se Laporta sobre os investimentos feitos.
Uma fatia da Barça Studios foi negociada para a Sócios.com, um provedor de blockchain nos esportes e negócios de entretenimento. Parte desse dinheiro, segundo a diretoria, vai ser usado para acelerar as estratégias do clube relacionadas ao audiovisual, blockchain e produtos online.
A má gestão atribuída ao ex-presidente Josep Bartolomeu, combinada com o impacto da pandemia do coronavírus, trouxe sérios prejuízos ao Barcelona, que acumulou dívidas na casa de 1,3 bilhão de euros (valor superior a R$ 6,8 bilhões).
Os cofres vazios tiveram uma relação direta com uma temporada sem títulos importantes. Pior, o clube precisou se desfazer de sua principal estrela da última década: o argentino Lionel Messi.
Essa nova estratégia do Barcelona, no entanto, ganhou elogios do recém-contratado zagueiro francês Kounde. ‘Escolhi o Barcelona porque está claro para mim que o clube tem uma visão muito ambiciosa de projeto’, afirmou o ex-jogdor do Sevilha.