O barco usado pela atleta paralímpica e remadora Angela Madsen, dos Estados Unidos, foi encontrado em um atol remoto nas Ilhas Marshall depois de ficar 16 meses à deriva. A atleta se afogou ao tentar atravessar o Oceano Pacífico. O corpo da americana foi encontrado em junho do ano passado, 59 dias após ela partir com a intenção de se tornar a primeira mulher paraplégica a remar sozinha da Califórnia ao Havaí.
Batizado de “Row of Life”, o barco da paratleta de 60 anos demorou mais de um ano para ser encontrado. Benjamin Chutaro, morador das Ilhas Marshall, disse que a embarcação apareceu no final de outubro na costa da Ilha Mili, 120 km a leste da capital Majuro. Ele visitava sua família, em Mili, quando soube da descoberta.
Segundo as investigações, Madsen se afogou ao entrar na água para fazer um conserto no barco. Um navio comercial encontrou o corpo amarrado ao barco no dia 22 de junho de 2020 e o recuperou, mas deixou a embarcação à deriva. A americana teria morrido no dia anterior ao resgate.
O barco de Madsen estava equipado com várias câmeras, como parte do plano para fazer um filme da viagem solo pelo Pacífico. A americana é uma ex-militar que ficou paralítica após uma cirurgia malsucedida na coluna em 1993. A atleta participou de três Jogos Paralímpicos competindo no remo, arremesso de peso e lançamento do dardo.
Como remadora, cruzou o Atlântico duas vezes, circunavegou a Grã-Bretanha e cruzou o mar da Califórnia ao Havaí. Fez todas essas travessias acompanhada, mas sua tentativa de fazer uma viagem solo pelo Pacífico terminou em sua morte.