O presidente Jair Bolsonaro reclamou, neste domingo, de não poder ir ao estádio da Vila Belmiro, em Santos, para acompanhar o jogo entre Santos e Grêmio pelo Campeonato Brasileiro. Sem ter sido imunizado pela vacina contra a covid-19, o chefe do executivo descumpre o principal requisito para ter a sua entrada autorizada.
“Por que passaporte da vacina? Eu queria ver o jogo do Santos agora e falaram que tinha que estar vacinado. Pra que isso? Eu tenho mais anticorpos do que quem tomou vacina”, reclamou Bolsonaro em conversa com apoiadores, ignorando estudos que demonstram que as vacinas oferecem imunização maior do que as pessoas que apenas contraíram a doença e não se imunizaram.
Em contato com a reportagem do Estadão, o Santos negou que tenha sido procurado pela equipe do presidente Jair Bolsonaro para acompanhar presencialmente a partida entre a equipe alvinegra e o Grêmio. De acordo com o clube, não houve qualquer contanto ou manifestação de interesse em ingressar na Vila Belmiro. “O Santos FC não foi procurado pela equipe do presidente. O clube segue os protocolos da CBF que, por sua vez, segue as normas sanitárias da Anvisa”.
Neste domingo, o Santos pôde voltar a receber torcedores em seus jogos como mandante. Foi autorizada pelo governo estadual a liberação de 30% do estádio. O clube santista reforçou que segue todas as orientações e protocolos formulados pela CBF e as normas sanitárias indicadas pela Anvisa.
Para poder entrar no estádio da Vila Belmiro, o torcedor santista deveria apresentar o comprovante de vacinação completo, com as duas doses (Coronavac, Pfizer ou AstraZeneca) ou a dose única da Janssen. Quem recebeu apenas uma dose do imunizante poderia entrar com teste PCR negativo (realizado com 48 horas de antecedência) ou do tipo antígeno (feito 24 horas antes da partida).
Menores de 12 anos, por não estarem vacinados, não poderiam entrar no estádio. Além disso, são obrigatórios o uso de máscara e a manutenção do distanciamento social durante toda a permanência no estádio santista.