SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Dois dias após as acusações de racismo feitas pelo jogador Celsinho, do Londrina, o Brusque sentiu o primeiro impacto financeiro do episódio. Na tarde desta terça-feira (31), a empresa Barba de Respeito, uma das patrocinadoras do time de Santa Catarina, anunciou a suspensão dos pagamentos.
Em nota divulgada nas redes sociais, a empresa pediu “posição justa do time em relação aos responsáveis diretos pelas injúrias realizadas e o autor da nota inicial”.
A nota mencionada no comunicado da empresa se refere à primeira manifestação do Brusque sobre o episódio, em que o clube negou as injúrias e acusou Celsinho de “falsa imputação de crime”. Posteriormente, o clube admitiu o erro e divulgou um novo comunicado com pedido de desculpas.
A empresa Embrast dona da Bompack, que estampa a marca no uniforme do Brusque também se manifestou e disse que “o ocorrido será devidamente apurado e a Embrast tomará as medidas cabíveis”.
No último domingo, Celsinho afirmou que foi chamado de “macaco” por uma pessoa ligada ao Brusque, que negou o ocorrido e acusou o atleta de “oportunismo”.
Na súmula, o árbitro Fábio Augusto Santos Sá Junior registrou que um membro da delegação do time catarinense disse para Celsinho “cortar esse cabelo, seu cachopa de abelha”. Vale ressaltar que comentários a respeito do cabelo crespo de pessoas negras são considerados como injúria racial.