O Manchester City está mais uma vez entre os quatro melhores da Liga dos Campeões. A classificação às semifinais veio com empate sem gols em visita ao Atlético de Madrid, no Wanda Metropolitano. O rival será outro time espanhol: o Real Madrid, que derrubou o campeão Chelsea.
A vaga veio com tons de sofrimento em um fim de jogo atrevido do Atlético e a bola teimando em não parar dentro das redes do goleiro Ederson. Foram boas chances criadas nos minutos finais por um rival jogando mais na base da garra que na técnica.
Depois de fazer 1 a 0 na Inglaterra, o City fez primeiros 45 minutos bem melhores. Após o descanso, com o Atlético apressado e intenso, o time inglês se retraiu e, mesmo sofrendo, não permitiu que os espanhóis fizessem o tão almejado gol.
O técnico Diego Simeone prometia um estilo diferente de jogo após críticas pelo esquema defensivo usado na Inglaterra na derrota por 1 a 0. Ainda mais com a necessidade de triunfo. Mas não abandonou a linha de cinco homens na defesa do Atlético de Madrid.
O apoio das arquibancadas lotadas no Wanda Metropolitano era um diferencial, em sua visão. Os espanhóis fizeram mosaico com a frase “sentimento”, pedindo para os jogadores atuarem com garra em busca da virada após derrota por 1 a 0 no Ettihad Stadium, em Manchester, e cantaram em alto e bom som.
Após o apito inicial, contudo, a promessa de mudança do comandante argentino não foi presenciada e os visitantes dominaram as ações. Gundogan foi logo assustando em batida de fora da área. A bola passou raspando. O volante alemão teria nova e preciosa chance de abrir o marcador. De frente para o goleiro Oblak, cabeceou na trave e ainda acabou travado no rebote.
O time colchonero praticamente não deu trabalho para Ederson. Somente em um lançamento longo que o goleiro brasileiro apareceu, para cortar de cabeça, fora da área. Do mais, ficou apenas torcendo para a equipe mostrar melhor precisão na frente. O City pecou na pontaria e o jogo parou para o descanso sem gols.
Os 45 minutos finais começaram, finalmente, com o Atlético adiantando as linhas. O City já não se sentia mais confortável em campo e a esperança movia os espanhóis. Nada, porém, de sustos em Ederson.
Os treinadores davam espetáculo à parte na beira do campo. Guardiola um pouco mais discreto, mas com as tradicionais caras e bocas cobrando capricho. Já Simeone estava transtornado e gritava muito, mostrando com os braços para a equipe avançar.
Com 23 minutos, Simeone resolveu fazer três trocas de uma vez. De Paul, Corrêa e Carrasco entraram e o Atlético, enfim, chegou ao ataque. E teve duas boas chances com De Paul batendo raspando. O técnico ainda lançou Suárez nos minutos finais, tentando a prorrogação.
A pressão foi grande até o fim dos nove minutos de acréscimos, com boas chances de o Atlético tirar o zero do placar. Porém, a defesa inglesa conseguiu passar intacta no confronto e o Manchester City está entre os quatro melhores mais uma vez, lutando para tentar buscar o título perdido na temporada passada. A festa foi grande no apito final.
Simeone ficou bravo com as cobranças ao seu estilo, mas bastou ser um pouco mais ousado e sua equipe deu trabalho ao City. A frustração da queda veio em lição para os espanhóis que a história poderia ser diferente com um mínimo de coragem. No fim, o brasileiro Felipe ainda foi expulso por agressão após falta em Foden que gerou confusão e empurra-empurra. Restou aos espanhóis aplaudirem o apoio da torcida.