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EsportesCom 11 atletas, Brasil tenta melhorar suas colocações nas Olimpíadas de Inverno

Com 11 atletas, Brasil tenta melhorar suas colocações nas Olimpíadas de Inverno

Com 11 atletas, Brasil tenta melhorar suas colocações nas Olimpíadas de Inverno

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Com 11 atletas, o Brasil sonha em melhorar seus resultados nos Jogos Olímpicos de Inverno, que terão sua cerimônia de abertura nesta sexta-feira, às 9h (horário de Brasília). O evento está sendo realizado em Pequim e algumas modalidades já começaram suas disputas mesmo antes de os países desfilarem no estádio Ninho de Pássaro. O curling, no qual o Brasil não tem representantes, já começou. O evento vai até 20 de fevereiro e terá transmissão do SporTV e da Globo.

“A expectativa é de superar os nossos resultados se comparados a edições anteriores de Jogos Olímpicos de Inverno. A evolução pode ser em termos de número de largadas, classificações finais em geral ou em pontuação. Mesmo com nomes de grande importância nos esportes de inverno no País como Jaqueline Mourão e Edson Bindilatti, com cinco edições de Jogos Olímpicos, temos quatro estreantes e três atletas com menos de 20 anos na equipe. Acredito que teremos resultados ainda melhores daqui a quatro anos nos Jogos Olímpicos de Milão/Cortina”, diz Anders Pettersson, chefe da missão brasileira em Pequim-2022.

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O Time Brasil está em Pequim com a equipe de bobsled (Edson Bindilatti, Edson Martins, Erick Vianna, Rafael Souza e Jefferson Sabino, que é reserva), Jaqueline Mourão, Eduarda Ribera e Manex Silva, do esqui cross-country; Nicole Silveira, do skeleton; Michel Macedo, do esqui alpino; e Sabrina Cass, do esqui estilo livre moguls e que será a primeira a estrear, às 7h da manhã desta quinta-feira.

“Estou um pouco nervosa, mas animada também. A minha treinadora sempre fala que nervosismo e excitação são a mesma coisa, e nisso que tento pensar. Pelos treinos deu pra ver que o nível da competição não é diferente comparado com as Copas do Mundo porque todas as melhores atletas estão aqui”, disse Sabrina, que tem apenas 19 anos e foi campeã mundial Júnior em 2019, quando ainda defendia os Estados Unidos.

A talentosa atleta sabe que a tarefa não será das mais simples. Ela precisa ficar entre as 20 mais bem colocadas para avançar para a próxima fase da qualificatória. No Moguls, são duas descidas na montanha e a competidora precisa terminar no menor tempo possível. Além disso, é obrigatório fazer dois saltos com acrobacias. A pontuação final é baseada não apenas no tempo gasto para terminar o percurso como na técnica usada para esquiar e nas manobras aéreas. “Para mim, a maior dificuldade são os saltos, pois sempre demoro um pouco para me acostumar com eles em uma pista nova”, comentou.

A delegação brasileira traz veteranos como Jaqueline Mourão, que está em sua oitava Olimpíada – entre Jogos de Verão e Inverno – e Edson Bindilatti, piloto do trenó de bobsled, que vai para sua quinta edição dos Jogos de Inverno. Ambos serão os porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura. “Temos atletas na delegação com 17 anos e isso mostra o trabalho de desenvolvimento que vem sendo feito. Nós somos um exemplo para eles e para todos os outros que vão vir. É uma satisfação gigantesca”, disse.

A Olimpíada de Pequim marca a nona participação brasileira nos Jogos de Inverno. Essa trajetória começou em Albertville, em 1992, e desde então o País já competiu em oito esportes diferentes: esqui alpino, bobsled, esqui cross country, luge, snowboard, biatlo, esqui estilo livre e patinação artística. Agora, incluirá na lista o skeleton, a Fórmula 1 do gelo, com Nicole Silveira, uma enfermeira brasileira que vai disputar a competição pela primeira vez.

Ela chegou a participar de um evento-teste olímpico na China e acha que isso pode ajudá-la na hora da disputa. “Quanto mais conhecimento tenho da pista, melhor é a minha performance. Mas todas as atletas tiveram o mesmo número de descidas – com exceção do time chinês. Espero que seja uma disputa mais equilibrada pelo fato da pista de Pequim ser novidade para todos. Estou confiante, e essa confiança vai me ajudar bastante”, afirmou.

No Comitê Olímpico do Brasil (COB), a expectativa é que os atletas tenham mais uma boa participação e vão subindo os degraus para chegar cada vez mais perto das grandes potências de inverno. “Já temos marcas importantes com as estreias na modalidade skeleton e na prova de esqui estilo livre moguls. Apenas as 30 melhores atletas do mundo se classificaram para o moguls. É a primeira vez que teremos uma equipe na prova de sprint do esqui cross-country feminino e, para isso, o Brasil ficou na 25ª colocação do ranking de nações da modalidade. Ainda no cross-country tivemos uma inédita e intensa disputa pelas vagas e, com isso, conseguimos pela primeira vez o índice A da FIS, que permitiu ao Manex largar nas quatro provas masculinas. Por tudo isso, acredito que já chegamos muito bem preparados a Pequim e sairemos daqui com outras marcas importantes”, finalizou Anders Pettersson.

ESTRUTURA E ESTRELAS – Pequim é a primeira cidade a ser sede de uma edição da Olimpíada de Verão (2008) e de Inverno. Arenas emblemáticas como o estádio Ninho de Pássaro e Cubo D’Água, que agora virou Cubo de Gelo, foram usados na primeira edição e serão utilizados agora. Foi no Cubo D’Água que Cesar Cielo foi campeão olímpico na natação. Agora, o local receberá as competições de curling, modalidade que é uma das que mais gera interesse dos brasileiros.

A expectativa é que 91 países participem desta edição dos Jogos de Inverno, incluindo Peru, Haiti, Trinidad e Tobago, Arábia Saudita, Samoa Americana e Ilhas Virgens, que não estiveram na edição anterior dos Jogos.

Dados dos organizadores indicam que o custo final dos Jogos de Pequim-2022 estará em US$ 3,9 bilhões, o que seria o evento olímpico mais barato em duas décadas. Mas alguns especialistas apontam que nesse cálculo diversos custos não foram incluídos, como de infraestrutura urbana ou da construção da Vila dos Atletas.

Um ponto de atenção nesse início de competição é em relação aos casos de covid-19. O Comitê Organizador tem feito testagem em massa e mantido uma “bolha olímpica” para frear a contaminação pela variante Ômicron, mas os casos positivos estão sendo detectados. Na quarta-feira foram anunciados 32 novos casos, sendo 15 em pessoas que chegaram no aeroporto e 17 em pessoas dentro da bolha. Mas os números não preocupam os organizadores. “Qualquer país no mundo neste momento tem um número mais alto que a China de contaminação”, disse Brian McCloskey, conselheiro médico dos Jogos, reforçando que no dia anterior foram realizados mais de 65 mil testes.

Entre as estrelas da competição estão Mikaela Shiffrin, de 26 anos, do esqui alpino. A atleta dos Estados Unidos busca seu terceiro ouro seguido na prova. Já Hanyu Yuzuru, de 27 anos, é a atração japonesa na patinação artística. Outro destaque dos Jogos é o norueguês Johannes Thingnes Bo, de 29 anos, do biatlo. E no snowboard é bom ficar de olho na jovem Chloe Kim, de 21 anos, ouro no half pipe na edição anterior, e no veterano Shaun White, de 35 anos, que vai para sua quinta e última participação olímpica – ele tem três ouro no half Pipe.

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