O carateca brasileiro, Douglas Brose, de 35 anos, sagrou-se tricampeão mundial de caratê neste sábado, ao vencer o italiano Angelo Crescenzo na final do Mundial disputado no Catar na categoria até 60 kg. Considerado o melhor lutador de caratê da história do Brasil e um dos melhores do mundo na modalidade, Brose chega ao seu terceiro título na competição (foi campeão em 2010 e 2014), e conquista a sua quinta medalha em mundiais (foi prata em 2012 e ficou em terceiro lugar em 2012).
A final foi decidida, literalmente, no último minuto da luta. Ao se esquivar de um soco do Crescenzo, Douglas conseguiu encaixar um chute na cabeça do italiano para abrir 3 a 0 no placar. Experiente, o brasileiro conseguiu administrar a vantagem até o final para sair vencedor da decisão e do torneio. Antes mesmo de embarcar para o Mundial, Brose já dizia que o italiano seria um dos favoritos ao título e um dos adversários a ser batido no Catar.
Para chegar até a decisão, Douglas venceu o esloveno Niklas Tamse por 4 a 2, derrotou Abdullah Shaaban, do Kuwait, por 2 a 1, e bateu o sul-coreano Gu Ju Yeong por 2 a 0, todos na quarta-feira.
Nas quartas de final, o brasileiro voltou aos tatames e venceu a luta contra o cazaque Kaisar Alpysbay por 3 a 0. Na semifinal, dominou o marroquino Ali Jina Abdel, derrotou o carateca africano por 3 a 1 e conseguiu a vaga para a quarta final de mundial na sua carreira.
O título coroa a superação de Douglas que, no último mundial, teve seu rendimento afetado por conta de uma lesão no calcanhar de Aquiles que acabou comprometendo também a sua preparação para a Olimpíada de Tóquio, competição para a qual Brose acabou não conseguindo se classificar.
Como houve uma junção de categorias (Douglas atua na de até 60 kg), o carateca acabou sendo superado pelo Vinícius Ferreira (vice-campeão mundial na categoria até 67 kg) na disputa interna entre brasileiros.
A conquista do terceiro Mundial se somam também às sete medalhas de ouro que Douglas Brose conquistou nos pan-americanos da categoria. O brasileiro foi campeão em 2011, 2014, 2015, 2016, 2017, 2019 e, mais recentemente, em 2021.