SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Poucas vezes se viu o Corinthians tão dominado por um adversário em Itaquera como ocorreu no duelo com o Flamengo neste domingo (1º). O time rubro-negro foi superior em todas as estatísticas e venceu por 3 a 1, resultado que não foi um bom retrato da enorme diferença entre as equipes.
Não chega a ser uma surpresa. Na verdade, um triunfo tranquilo da formação rubro-negra parecia um placar esperado, diante da superioridade recente -no último confronto entre os clubes na casa alvinegra, no Brasileiro de 2020, houve goleada dos visitantes por 5 a 1.
Sob comando de Renato Gaúcho, a equipe carioca viajou a São Paulo com uma média de 4,2 gols por jogo, enquanto o time de Sylvinho tem dificuldade para fazer pelo menos um por duelo, com média de 0,7. Tais números são apenas um exemplo da distância técnica e tática que separa os dois elencos.
O reflexo disso ficou evidente ainda no primeiro tempo, quando Everton Ribeiro, aos 7, Gustavo Henrique, aos 40, e Bruno Henrique, aos 44, balançaram a rede de Cássio, visivelmente irritado com os jogadores do próprio time. Do outro lado, Diego Alves não foi exigido nenhuma vez nos primeiros 45 minutos.
Com 65% de posse de bola, 12 chutes a gol contra nenhum do rival e 326 passes (89% de precisão), os cariocas foram amplamente superiores no primeiro tempo, segundo dados do SofaScore. Até nas faltas cometidas ficou clara a diferença na agressividade: 8 a 3.
No início do segundo tempo, os corintianos só escaparam de levar o quarto gol logo aos três minutos porque Bruno Henrique falhou sem goleiro. Ele chegou a balançar a rede, livre na pequena área, mas o tento foi anulado porque a bola tocou em sua mão entre a primeira e a segunda tentativa.
Na sequência, o Corinthians até chegou a ficar um pouco mais com a bola e a ganhar espaço no campo de ataque, mas sem oferecer perigo a Diego Alves. Aos poucos, o Flamengo foi diminuindo o ritmo. No finalzinho, levou um gol de Vitinho, em chute de fora da área desviado no caminho.
A agremiação rubro-negra chegou assim a oito partidas sem perder para o rival, com sete vitórias (três delas por placares elásticos -3 a 0, 4 a 1 e 5 a 1) e um empate. O último triunfo corintiano foi em setembro de 2018, pela Copa do Brasil, por 2 a 1.
Se o histórico geral do clássico apresenta equilíbrio, com 53 vitórias do Corinthians, 58 do time rubro-negro e 30 empates, nos últimos anos os flamenguistas se tornaram bastante superiores.
Na tabela do Campeonato Brasileiro, o resultado deixou a equipe preta e branca estacionada nos 17 pontos, no meio da tabela. A formação carioca tem 24 e ocupa o sexto lugar, mas tem dois jogos a menos do que a maioria dos concorrentes.
CORINTHIANS
Cássio; Fagner, João Victor, Gil e Fábio Santos; Gabriel (Vitinho), Cantillo (Araos) e Roni (Xavier); Gustavo Silva (Mateus Vital) e Adson (Marquinhos); Jô. T.: Sylvinho
FLAMENGO
Diego Alves; Isla (Matheuzinho), Gustavo Henrique (Bruno Viana), Léo Pereira e Filipe Luís; Willian Arão, Diego, Everton Ribeiro (Pedro) e De Arrascaeta (Michael); Bruno Henrique (Vitinho) e Gabigol. T.: Renato Gaúcho
Estádio: Neo Química Arena, em São Paulo (SP)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistentes: Jorge Eduardo Bernardi e Jorge Eduardo Calza (ambos do RS)
VAR: Daniel Nobre Bins (RS)
Cartões amarelos: Roni (C); De Arrascaeta (F)
Gols: Everton Ribeiro, aos 7min, Gustavo Henrique, aos 40min, e Bruno Henrique, aos 43min do 1º tempo; Vitinho, aos 43min do 2º