A ausência de Raphael Veiga na lista de convocados da seleção brasileira, feita na manhã desta quarta-feira, motivou gritos indignados proferidos no Estádio do Café, durante a vitória por 2 a 1 do Palmeiras sobre a Juazeirense. Palmeirenses xingaram Tite e cantaram “Veiga é seleção”. Autor do gol da vitória, determinante para a classificação às oitavas da Copa do Brasil, o meia ficou feliz com a parte em que seu nome foi citado e, ainda esperançoso em ser chamado para vestir a amarelinha, não opinou sobre as decisões tomadas pelo treinador da seleção.
“Tenho expectativa, a seleção é um sonho, igual ganhar a Libertadores era um sonho, igual ganhar a Copa do Brasil era um sonho. Todos esses sonhos eu tenho realizado. Vou continuar trabalhando e, principalmente, mantendo a minha paz”, afirmou o jogador de 26 anos em entrevista após a partida. “É legal o reconhecimento deles (da torcida), isso mostra que estou no caminho certo”, completou.
O Palmeiras abriu o placar da partida com Danilo, a grande novidade da convocação de Tite, e viu a Juazeirense empatar com Nildo. O empate já estava de bom tamanho para assegurar a classificação, uma vez que o primeiro jogo foi vencido por 2 a 1, mas Veiga deixou a situação mais tranquila ao converter o pênalti aos 36 minutos.
Após o gol, vieram os gritos: “Tite c…, Veiga é seleção”. As mais de 26 mil pessoas que estava no estádio em Londrina, palco do jogo porque a Juazeirense vendeu o mando de campo, estavam bastante empolgadas. Algumas até tentaram invadir o campo após o apito final, ato visto com compreensão por Veiga. “Queria agradecer todo o povo que veio aqui torcer por nós e, enfim, dessas pessoas que estão invadindo o campo, é porque não há tanto acesso, eu entendo eles”, comentou.
Assim como os torcedores palmeirenses, o goleiro Calaça, da Juazeirense, estava empolgado no final da partida, apesar da derrota. Ao ser entrevistado no gramado, pediu licença para relembrar a trajetória do time baiano até a eliminação desta quarta. Ele se destacou na fase anterior do torneio, quando brilhou na disputa de pênaltis contra o Vasco.
“Enfrentamos uma das melhores equipes da América e ficamos felizes pelo jogo, não pelo resultado. Provavelmente deve ser minha última Copa do Brasil. Foram seis pênaltis, e o mérito não é meu. Deus me revelou cada pênalti, tive visões. Do pênalti do Nenê, Deus me deu a visão. Todo mérito e toda honra é de Deus”, disse Calaça, que tem 41 anos.
Agora, a Juazeirense foca apenas na disputa da Série D do Campeonato Brasileiro, competição pela qual enfrenta o Atlético-BA no domingo. O Palmeiras, por sua vez, enfrenta o Red Bull bragantino no sábado, pelo Brasileirão, antes de ir a campo pela Libertadores, contra o Emelec, na próxima quarta-feira.