RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A eleição do Vasco ganhou mais um capítulo nos bastidores. Um grupo de 40 associados entrou com uma ação conjunta no TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), na última terça-feira (12), com o intuito de impedir a posse de Jorge Salgado como presidente, o que deve acontecer na segunda quinzena deste mês.
No documento, os cruz-maltinos citam o estatuto do clube, falam em possíveis fraudes na eleição do último dia 14 de novembro, e pedem que os mandatos dos poderes sejam estendidos até a decisão judicial, ou que um interventor seja nomeado e os mandatos dos membros do Conselho Deliberativo, Fiscal e Grande Beneméritos, prorrogados.
A peça, assinada pelo advogado Alexandre Castro Carvas, pede ainda a anulação do pleito do dia 14, que deu a vitória a Jorge Salgado. A informação sobre a ação foi publicada, inicialmente, pelo Esporte News Mundo.
Ainda no documento, os autores se dizem “sócios, de diversas categorias, com direito a voto, da instituição ré e pretendem buscar no poder judiciário o amparo para sua demanda, pois, entendem que o escrutínio realizado no dia 14 de novembro de 2020 não obedeceu às normas do estatuto vigente”.
Houve também contestações em relação à lisura da eleição, que foi realizada de forma híbrida, com votos on-line e presenciais, e quanto à proteção de dados dos sócios.
No dia 17 de dezembro, a Primeira Câmara Cível do TJ-RJ decidiu, por dois votos a um, negar os recursos do candidato Leven Siano, da chapa “Somamos”, e do presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, e validou o pleito do dia 14, fazendo com que Salgado fosse considerado, judicialmente, o novo presidente do Vasco.
Uma ação, de autoria do Solidariedade, corre no STF (Superior Tribunal Federal). O partido ingressou baseado em uma ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), que consiste em “evitar ou reparar lesão a preceito fundamental decorrente da Constituição, resultante de qualquer ato (ou omissão) do Poder Público”. Na quarta (13), Salgado entrou com uma petição onde solicita que a ação seja negada.
Houve duas eleições no clube cruz-maltino em 2020, uma no dia 7 de novembro, de forma presencial, em São Januário, e uma no dia 14, de maneira híbrida. A primeira apontou Siano, da chapa “Somamos”, com mais votos, e a segunda, indicou Salgado, da “Mais Vasco”, como vencedor.
O pleito do dia 7 aconteceu após uma decisão do desembargador Camilo Ribeiro Ruliére, na noite anterior. Com a eleição em andamento, porém, uma movimentação do STJ (Superior Tribunal de Justiça) suspendeu o evento.
Diante da decisão judicial e em meio a idas e vindas sobre a continuidade da votação, as chapas “No Rumo Certo”, de Alexandre Campello, “Mais Vasco”, de Salgado, e “Sempre Vasco”, de Julio Brant, se retiraram do pleito. “Somamos” e “Aqui é Vasco”, de Sergio Frias, permaneceram e realizaram a apuração, que apontou Siano com mais votos naquela primeira votação.
No dia 14, houve outra eleição, entre “Mais Vasco” e “Sempre Vasco”. Leven Siano afirmou que não iria corroborar com tal movimento e retirou a chapa da corrida eleitoral, tendo o apoio de Frias. Campello foi outro a retirar candidatura. Salgado foi apontado como vencedor.
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Grupo de 40 associados do Vasco move ação para anular eleição de Salgado
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