A Haas anunciou, em comunicado oficial divulgado na manhã deste sábado, o encerramento de contrato com o russo Nikita Mazepin, movimento que já era previsto em razão das medidas adotadas pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) como resposta ao conflito promovido pela Rússia na Ucrânia. Com isso, a vaga pode ficar com o brasileiro Pietro Fittipaldi, já apontado pelo chefe da Haas, Gunther Steiner, como primeira opção de substituto, mas a situação não está definida.
A escuderia também rompeu o vínculo com a patrocinadora Uralkali, marca de fertilizantes pertencente ao pai de Nikita, Dmitry Mazepin. Tudo isso foi motivado pelas regras rígidas impostas pela FIA a competidores e outros profissionais russos.
Em reunião de emergência do Conselho, na última terça-feira, a entidade proibiu pilotos da Rússia e de Belarus de defenderem as cores e o hino de seus países, e um termo de compromisso foi feito para eles assinarem. Ante disso, o GP da Rússia foi retirado do calendário da temporada.
“A Haas decidiu terminar, com efeito imediato, o título de patrocinador da Uralkali e o contrato de piloto de Nikita Mazepin. Como o restante da comunidade da Fórmula 1, a equipe está chocada e triste pela invasão à Ucrânia e deseja um fim pacífico para o conflito”, diz a nota oficial.
Poucos instantes após o anúncio, Nikita usou as redes sociais para se pronunciar sobre o assunto, nem um pouco satisfeito com a decisão. No texto, ele afirma que se dispôs a cumprir todas as determinações impostas pela FIA para continuar competindo.
“Queridos amigos e seguidores, estou muito desapontado de ouvir que meu contrato da Fórmula 1 foi encerrado. Ainda que eu entenda as dificuldades, minha vontade contínua de aceitar as condições propostas pela FIA para seguir competindo foi completamente ignorada e seguida por uma decisão unilateral. Para aqueles que tentaram entender, meu eterno obrigado. Espero que possam estar todos juntos em tempos melhores. Terei mais a dizer nos próximos dias”, escreveu.
O substituto do russo deve ser anunciado em breve pela Haas. O brasileiro Pietro Fittipaldi, filho de Emerson Fittipaldi, é piloto reserva da equipe norte-americana e já assumiu o volante duas vezes no lugar de Romain Grosjean, nos GPs de Sakhir e Abu Dabi, durante a temporada 2020, após um acidente sofrido pelo franco-suíço. A escuderia também trabalha com o italiano Antonio Giovinazzi como opção.
“Se Nikita não puder correr para nós por uma ou mais razões, a primeira opção é Pietro, e depois vemos o que vamos fazer na sequência”, afirmou Gunther Steiner, chefe da Haas, em entrevista recente ao jornalista norte-americano Bob Varsha.
O anúncio da saída de Nikita ocorre 15 dias antes do início da temporada da Fórmula. A primeira corrida será no dia 20 de março, no GP do Bahrein.