Juninho Pernambucano revelou nesta quarta-feira que deixará o cargo de diretor esportivo do Lyon ao fim da temporada. O brasileiro disse que está “esgotado mentalmente” e apenas cumprirá o contrato de três anos firmado em 2019. Depois, vai se aventurar na carreira de treinador. Só não disse se vai ser na Europa ou em clubes brasileiros.
“Espero terminarmos a temporada bem, e no fim do contrato, sair. Eu havia dito três temporadas (quando assinei). Pensarei com muito cuidado ao final da temporada, mas na minha cabeça são três anos”, afirmou Juninho Pernambucano à RMC, convicto que já contribuiu o suficiente com o clube francês, onde fez história como jogador, enfileirando conquistas.
“Para muitas pessoas, um diretor esportivo não faz muita coisa, mas há enorme fadiga mental”, avaliou. “Não quero ir além do limite. Não é uma ameaça, eu amo o clube, tenho muito respeito pelo presidente e pela instituição, porém também já dei muito ao Lyon e isso não pode ser esquecido.”
Apesar de revelar um cansaço com a função de dirigente, Juninho anunciou na entrevista que está disposto a se aventurar na beirada de campo como treinador. As “aulas” ele já vem tendo com o técnico Peter Bosz, do Lyon.
“Na vida você nunca consegue tudo o que deseja. Se for possível e eu tiver oportunidade, vou tentar. Aprendi muito com o Peter Bosz. Prefiro tentar e não ter sucesso, do que dizer para mim mesmo, 10 anos depois: por que você não tentou? Tenho medo de muitas coisas, mas não de tentar.”
E revelou o motivo de querer a mudança de cargo. “Gosto de futebol, treino, tática… Gosto de discutir coisas.” Vascaínos já imaginam uma possível volta do astro ao time carioca para um resgate na Série B de 2022.