SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Autora de um dos gols da seleção brasileira feminina no empate em 3 a 3 com a Holanda, neste sábado (24), pela segunda rodada da primeira fase das Olimpíadas de Tóquio, Marta elogiou o desempenho da equipe que está na segunda posição do Grupo F, mas lamentou um vacilo defensivo e deixou em aberto críticas à arbitragem da australiana Kate Jacewicz, que anulou com auxílio da arbitragem de vídeo um pênalti marcado em campo no primeiro tempo sobre Érika.
“A gente sabia que ia ser um jogo difícil, mas se a gente pensar em tudo o que fizemos durante a partida acredito que fizemos um bom trabalho. Lógico que tem muito a melhorar, principalmente aquele gol no comecinho, temos que estar atentas num jogo contra um adversário de tanta qualidade. O jogo foi equilibrado, só tenho dúvida de alguns lances sobre o VAR”, disse a capitã da seleção brasileira à “TV Globo”, antes de explicar os motivos de sua reclamação:
“Teve marcação de um pênalti que foi, mas depois houve um impedimento, eu preciso ver e analisar, porque demorou muito para confirmar.”
O lance a que Marta se refere aconteceu aos seis minutos do primeiro tempo. Depois de um escanteio cobrado pelo Brasil do lado direito, a goleira Van Veenendaal saiu para disputar a bola no alto com Érika, que caiu no chão. A árbitra marcou pênalti, mas depois checou o lance no VAR e anulou por impedimento de Formiga no lance anterior. O cancelamento do pênalti que Marta já estava posicionada para cobrar durou quatro minutos e aconteceu quando a Holanda vencia por 1 a 0.
Apesar do pedido de atenção e da reclamação sobre a arbitragem, Marta elogiou o desempenho da equipe: “No contexto geral da partida acho que conseguimos desempenhar um bom papel contra uma das melhores equipes da atualidade. O sentimento é de que podemos mais do que isso, mas foi um jogo equilibrado e qualquer uma das equipes poderia ter saído com a vitória.”
Marta fez o segundo gol do Brasil no empate em 3 a 3 em uma cobrança de pênalti sofrido por Ludmila aos 18 minutos do segundo tempo, chegou a 13 gols marcados em todas as suas participações em Olimpíadas e se isolou como segunda maior artilheira da história do torneio em sua modalidade Cristiane tem um a mais.
“Nosso objetivo aqui é sempre pensar no coletivo. Óbvio que fazer gols faz parte do trabalho e ficamos felizes, mas sempre pensando no coletivo. Questões individuais e recordes sempre aconteceram muito naturalmente para mim, nunca foi forçado. Se tiver oportunidade de fazer gols vou fazer para ajudar minha equipe.”