Acostumado a decisões, o Palmeiras dá início nesta quarta-feira à disputa de sua oitava final em pouco menos de 16 meses, período em que é comandado por Abel Ferreira. O time alviverde enfrenta o Athletico-PR nesta quarta-feira, às 21h30, na Arena da Baixada, com a ideia de superar a frustração de ter perdido o Mundial de Clubes há 11 dias. Em seu apogeu, Raphael Veiga, que já atuou no rival paranaense, é a aposta da equipe paulista na perseguição por mais um troféu.
O segundo duelo, que definirá o campeão, será daqui a uma semana, dia 2 de março, no Allianz Parque. Os dois buscam o primeiro título do torneio. O Palmeiras foi derrotado há um ano pelo Defensa y Justicia, da Argentina, nos pênaltis, e levou o vice. O Athletico-PR disputou a competição em 2019, quando foi superado pelo River Plate.
Não há vantagem pelo gol marcado fora de casa na Recopa. Em caso de empate no placar agregado, haverá prorrogação e penalidades, caso a igualdade persista. As duas partidas têm transmissão apenas da Conmebol TV, no pay-per-view.
Palmeiras e Athletico-PR brigam pela taça do torneio que reúne o campeão da Libertadores e da Sul-Americana e também por uma premiação importante. A Conmebol paga ao vencedor U$S 1,6 milhão – R$ 8,23 milhões. O valor teve um aumento em relação ao ano passado, quando a entidade premiou o campeão Defensa y Justicia com U$S 1,25 milhão. O vice, neste ano, leva U$S 800 mil (R$ 4,11 milhões).
Campeão da Copa do Brasil de 2020 e das últimas duas edições da Libertadores, o Palmeiras está atrás de sua quarta conquista sob o comando de Abel Ferreira. Nas outras quatro finais – Paulistão, Recopa, Supercopa e Mundial, todos de 2021 – ficou com o vice. O Athletico-PR também colhe frutos de uma boa gestão e acostumou-se a ser protagonista, brigando por troféus com frequência. Venceu a Copa do Brasil em 2019 e a Sul-Americana duas vezes, em 2018 e 2021.
Em fase esplêndida, Raphael Veiga foi protagonista do Palmeiras em 2020, 2021 e continua sendo nesta temporada. O meio-campista tem três gols em 2022 e cresce em jogos grandes. Ele vai reencontrar o Athletico-PR, time que lhe ajudou a desenvolver seu futebol quando ainda vivia um período de oscilação. O atleta atuou no clube de Curitiba em 2018, emprestado pelo Palmeiras.
“A gente que joga no Palmeiras está acostumado a decisões. Levamos o clube para um patamar ainda mais alto. Vamos em busca de um título. É contra uma grande equipe, já tive o prazer de jogar lá, sei que vai ser um jogo difícil”, disse Veiga. Weverton e Rony são os outros palmeirenses que já defenderam o Athletico-PR, e com sucesso.
O Palmeiras joga desfalcado. Abel Ferreira não tem Gustavo Gómez, com covid-19, Luan e Gustavo Scarpa, lesionados, à sua disposição. O português espera ter seu capitão e o meio-campista no duelo no Allianz Parque, daqui a sete dias. Luan precisará de mais tempo para se recuperar. Zé Rafael se livrou de um edema na coxa, treinou com o grupo, mas é dúvida. Se não puder jogar, Jailson deve ser o titular no meio de campo. A zaga será formada por Kuscevic e Murilo, este que atravessa um bom momento.
“A Recopa é um campeonato importante para nós. Vou dar a vida, quero muito ser campeão no Palmeiras e fazer história no clube”, falou o defensor, reforço recém-chegado que deu ao torcedor uma boa impressão em suas primeiras partidas com a camisa alviverde.
Se o Palmeiras tem três ex-atleticanos em seu elenco, o time paranaense conta com cinco nomes que estiveram na equipe paulista. São três jogadores: o zagueiro Thiago Heleno, o volante Matheus Fernandes e o atacante Carlos Eduardo. E dois que atuam fora do campo: o técnico Alberto Valentim e o dirigente Alexandre Mattos. “Vale título. É um jogo que estamos esperando muito”, resumiu o treinador.
O clube do Paraná não pode contar com o atacante Vitor Bueno, suspenso por dois jogos por ter sido expulso justamente contra o Palmeiras, na Libertadores de 2021, quando ainda defendia o São Paulo. Por outro lado, o meia Matheus Fernandes, reforço que veio do rival alviverde, está liberado para jogar.
Há um mistério sobre a escalação de Marlos. Por um período considerável de inatividade – não joga há mais de dois meses – é provável que ele não comece o jogo. Mas deve ser opção entre os suplentes e utilizado pelo técnico Alberto Valentim na etapa final.