Embora esteja vivo e em vantagem nas quartas de final da Copa do Brasil e da Sul-Americana, o São Paulo ainda não encontrou consistência na temporada. A falta de regularidade, que impede que a equipe deslanche no Brasileirão, um torneio que premia campanhas sólidas, é resultado da alta rotatividade de atletas no elenco, na avaliação de Rogério Ceni.
‘Não gosto de remontar times no meio da temporada, é raro fazer isso no Brasil. O que ele aprendeu desde o começo, o Galoppo que chega aqui, não vai conseguir aprender no mesmo tempo’, disse Ceni, citando o meia argentino como exemplo de um dos contratados que teve de se adaptar no decorrer da temporada.
A diretoria já havia se mexido no começo da temporada, tornando o São Paulo um dos que mais alterou seu elenco em 2022. Durante a temporada, diante de uma série de lesões, o clube teve de continuar no mercado para reforçar posições carentes. O último a chegar foi o goleiro Felipe Alves, titular da meta são-paulina na ausência do lesionado Jandrei.
Rogério Ceni, em oito meses, recebeu quase um time inteiro de reforços. São dez contratações. Outros, como Gabriel Sara e Marquinhos, foram negociados com o futebol inglês. Esse cenário é um obstáculo para o treinador construir um time constante e regular.
‘Requer tempo e treinamento, é o que menos temos. Fica mais difícil para ajeitar o time em campo. São importantes e ajudam os reforços. Remontar time não é simples. O ideal é ter um grupo e levá-lo até o fim do ano, mas existe janela de transferências’, afirmou o treinador.
A lista de caras novas vai aumentar. Ceni ganhará nos próximos dias Nahuel Bustos e Nahuel Ferraresi. O primeiro é venezuelano e zagueiro. O segundo, um atacante argentino. Os dois virão por empréstimo fruto de uma parceria com o Grupo City, dono do Manchester City.
Ambos podem ser importantes para o São Paulo reagir no Brasileirão. Décimo colocado, com 26 pontos, o time amarga cinco tropeços seguidos no torneio. No sábado, às 20h30, recebe o Flamengo no Morumbi, pela 21ª rodada.