O torneio de Roland Garros aceitou que russos e bielo-russos estejam na disputa do fim do mês como atletas independentes. Com seus países sofrendo sanções por causa dos ataques à Ucrânia, eles estão sendo banidos de muitas competições no mundo. Vão jogar o segundo Grand Slam do ano sob uma condição: serão punidos caso façam menção elogiosa ao presidente russo Vladimir Putin.
“Se algum deles tiver declarações pró-Putin na mídia, haverá sanções com certeza”, afirmou Amelie Mauresmo, diretora de Roland Garros, em entrevista à Rádio Nacional da França nesta quinta-feira.
Bicampeã de Roland Garros e atual diretora, a ex-tenista francesa Amelie Mauresmo confirmou que russos e bielo-russos estão confirmados na chave da competição. Em sua visão, qualquer decisão, mesmo de proibição, seria injusta.
“É muito complicado, provavelmente não há uma decisão justa a tomar. Mantemos a linha do que todos os governos europeus e outros governos decidiram em março, ou seja: as seleções nacionais da Rússia e de Belarus seguem banidas, mas não os atletas como indivíduos, desde que joguem sob estrita neutralidade. E seremos muito meticulosos sobre isso”, garantiu Mauresmo.
O governo inglês é quem vem tomando as maiores medidas contra russos e bielo-russos e Wimbledon e a Lawn Tennis Association já anunciaram a proibição dos jogadores dos dois países de competir em qualquer torneio no Reino Unido.
O torneio de Roland Garros começa no dia 22 de maio e já conta com 95% de seus ingressos vendidos. No ano passado, a disputa foi com lotação restrita das quadras em decorrência das restrições por causa da pandemia de covid-19. O sérvio Novak Djokovic e a checa Barbora Krejcikorva são os atuais campeões.