A Argentina pode se garantir nesta terça-feira na Copa do Mundo do Catar, se vencer o Brasil. Além disso, os argentinos ainda não engoliram a interrupção do jogo de setembro na Neo Química Arena e culpam os brasileiros, apesar de terem desrespeitados as regras sanitárias do País. Ainda assim o técnico Tite não acredita em clima hostil contra a seleção no jogo das 20h30 em San Juan. Problema maior para ele foi perder Neymar em cima da hora.
Neymar nem sequer viajou. Nesta segunda-feira, poucas horas antes do embarque para a Argentina, queixou-se de dores no adutor da coxa esquerda e, como não havia tempo para a realização de exames complementares, foi desligado da delegação. Será uma das quatro alterações que Tite tem intenção de fazer em relação ao time que bateu a Colômbia na quinta-feira.
Neymar deverá ser substituído por Vinícius Junior, mas Coutinho também tem chances. Casemiro, suspenso, dará lugar a Fabinho. Em má fase, Gabriel Jesus fica no banco e Matheus Cunha é o mais cotado. Na defesa, Eder Militão entra na vaga de Thiago Silva.
NADA DE GUERRA – Tite descarta hostilidade dos argentinos contra os brasileiros por causa dos incidentes de setembro. Na ocasião, o jogo foi paralisado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por conta de irregularidades na entrada de jogadores argentinos no Brasil em meio às restrições determinadas em função da pandemia de covid-19. A interrupção causou atritos e insatisfação dos argentinos.
O técnico espera que o jogo, desta terça-feira, seja resolvido em campo. “É difícil dimensionar isso, não sei a ótica que a Argentina encarou esses fatos todos”, declarou. “Que nós façamos um grande jogo, que seja um grande espetáculo e que tenha um cunho de dentro do campo.”
Tite lamentou a não conclusão daquela partida, mas ressaltou: “Tenho claro que, antes do futebol, existe saúde, existem leis e correção dos fatos. Isso tudo aconteceu. Agora como se encara essas situações é bastante particular, próprio e pessoal.”
Outra lamentação na seleção é com o fato de o clássico ser disputado na cidade de San Juan em um estádio com capacidade para apenas 25 mil torcedores. “Entendemos que Brasil x Argentina merecia uma infraestrutura melhor”, disse o auxiliar César Sampaio.
OLHO NA VAGA – Na Argentina, Messi vai jogar desde o início. Com 28 pontos, os rivais se classificam matematicamente para a Copa se vencerem. “Esta equipe do Brasil é a mais vertical dos últimos tempos. Tentaremos minimizar as coisas boas que têm. Queremos o controle da partida”, disse o técnico Lionel Scaloni.