A ucraniana Elina Svitolina anunciou no começo da semana que abandonaria o Aberto de Monterrey ao saber que teria pela frente a russa Anastasia Potapova. Seria um protesto contra a invasão de seu país. A organização do evento, porém, aceitou suas exigências para que não tivessem referências russas na competição (símbolos, bandeiras e o hino) e acabou entrando em quadra vestida de azul e amarelo, cores de sua nação. Após a vitória, a tenista disse que todo dinheiro que ganhar “vai mandar para o exército ucraniano.”
Principal cabeça de chave do torneio mexicano, no qual ergueu o troféu em 2020, Svitolina não tomou conhecimento da rival, ganhando em somente 64 minutos por 6/2 e 6/1. Ela cumprimentou a oponente após o triunfo e garantiu que os tenistas não têm culpa da guerra entre Rússia e Ucrânia.
“Hoje foi uma missão muito especial para mim. Estou muito triste, mas ao mesmo tempo feliz por jogar tênis aqui. Eu estava concentrada em uma missão para o meu país. Desde o início, era importante estar pronta para o que viesse a seguir”, afirmou a tenista de 27 anos, admitindo que estava pronta para ir à guerra. “Não culpo nenhum atleta russo, eles não são responsáveis pela invasão de nossa pátria.”
Svitolina viu todas as confederações do tênis mundial se juntarem para anunciar a proibição de símbolos da Rússia e de Belarus em uniformes ou mesmo em bandeiras nas quadras, assim como houve a proibição de os hinos serem tocados antes das partidas. Somente por essa decisão, ela aceitou jogar.
Ganhar no México virou obsessão para que possa ajudar o exército ucraniano. Ela admitiu que suas premiações serão destinadas às forças armadas do país e quer embolsar os 31 mil dólares de prêmio que a campeã em Monterrey levará. “Todo o dinheiro que eu ganhar em prêmios irá para o exército ucraniano”, garantiu Svitolina.