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EsportesTri mundial de kitesurfe vê com bons olhos entrada da modalidade na Olimpíada

Tri mundial de kitesurfe vê com bons olhos entrada da modalidade na Olimpíada

Tri mundial de kitesurfe vê com bons olhos entrada da modalidade na Olimpíada

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A brasileira Bruna Kajiya é considerada uma das melhores kitesurfistas da história, com três títulos mundiais no estilo livre, e aos 34 anos participará de um desafio inédito em sua carreira: o primeiro rali da modalidade no mundo, no qual os velejadores da categoria Elite vão velejar por 500 km.

Junto com sua prancha e sua “pipa”, ela está aproveitando nesta semana os ventos do litoral nordestino para competir no Sertões Kitesurfe 2021 e percorrer 250 km, saindo de São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, até chegar em Preá, no Ceará, com final previsto para a próxima quinta-feira. Nesta entrevista ao Estadão, ela fala sobre as dificuldades da prova e da entrada do esporte no programa olímpico dos Jogos de Paris, na França, em 2024.

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Qual a expectativa para a disputa do Sertões Kitesurfe 2021?

Acredito que vai proporcionar uma super aventura. Vai ser muito gratificante poder fazer esse litoral nordestino que é incrível, por mar, em uma competição. Isso empolga qualquer kitesurfista. Claro que tentarei fazer o mais rápido possível, mas acho que o ponto alto desse evento será fazer o litoral do Nordeste.

Serão regatas por trechos incríveis do litoral do Nordeste. Quais pontos destacaria mais?

Estou muito animada com os trechos iniciais no litoral do Rio Grande do Norte, pois não conheço muito a região. Passo muito tempo no Ceará treinando, mas ainda falta muito para conhecer no Rio Grande do Norte. A região de Soledade é especialmente boa para nós kitesurfistas pois são braços de areia por quilômetros que fazem a água ficar bem lisinha na parte interna.

Quais as dificuldades de participar de um rali de kitesurfe?

Um rali dessa dimensão oferece muitos desafios, e as muitas horas no sol é um deles. Como são muitos dias de prova, o maior desafio será chegar em boa forma em cada Check Point para seguir no dia seguinte. Para isso envolve preparação física, equipamento adequado, alimentação e hidratação durante a prova.

O kitesurfe estará no programa olímpico nos Jogos de Paris-2024. Gostou dessa inclusão?

Sim, é uma ótima notícia para nosso esporte, um evento como a Olimpíada traz muita visibilidade para o esporte. Como nosso esporte ainda é “novo” em comparação com a maioria, será importantíssimo para evolução do kitesurfe.

Acha que o esporte pode saltar para outro patamar por causa da Olimpíada?

Certamente, a Olimpíada traz um profissionalismo para o esporte. Outro aspecto importante é a organização que ocorre nas federações e associações nacionais, trazendo mais recursos para os atletas.

Você é considerada uma das melhores atletas da modalidade. Vai tentar ir para a Olimpíada?

A modalidade que entrou para a Olimpíada é a de regata. É uma modalidade no momento bem pequena no kitesurfe e não a principal, ela está mais associada a regatas de barcos. A minha modalidade é a de freestyle, onde fazemos manobras e estamos mais conectados com a essência do kitesurfe, um esporte radical.

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