A Uefa decidiu por tornar nulo o processo que movia contra Barcelona, Real Madrid e Juventus pela manutenção do plano de criação da Superliga Europeia. A iniciativa natimorta tinha a ambição de criar uma nova competição com os principais clubes do continente, em substituição à Liga dos Campeões. No entanto, a ideia não prosperou após fortes críticas de torcedores, equipes menores e forças políticas.
O processo foi suspenso após o Comitê Independente de Recursos da Uefa acatar nova decisão do Tribunal Mercantil de Madri que exigia uma definição da entidade até esta segunda-feira. No entanto, apesar de diversas derrotas na justiça comum, a Uefa promete seguir sua batalha contra os clubes insurgentes.
“A Uefa continua confiante e continuará a defender a sua posição em todas as jurisdições relevantes”, diz um trecho do comunicado, que também reitera a postura da entidade de respeitar as leis esportivas e demais legislações comuns aos países europeus.
O magistrado espanhol que julgou o caso também determinou a anulação de quaisquer sanções impostas aos clubes que integraram a Superliga. Originalmente, além de Barcelona, Real Madrid e Juventus, o projeto tinha o aval de Milan, Atlético de Madrid e os seis principais clubes da Inglaterra (Manchester United, Manchester City, Liverpool, Chelsea, Arsenal e Tottenham), que receberam pena pecuniária de 15 milhões euros (cerca de R$ 90 milhões) a serem revertidos no desenvolvimento do futebol em comunidades locais.
Essas equipes também deixariam de receber 5% dos valores acordados com os torneios da Uefa e teriam de pagar multa de 100 milhões de euros (R$ 600 milhões, aproximadamente) caso se envolvessem novamente na criação de uma liga ou competição à parte da Uefa. Apesar das ações tomadas nesta segunda-feira, o caso não está perto de um fim e novos capítulos devem surgir nas próximas semanas.