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EsportesUefa estuda reforma na Liga dos Campeões com fim da fase de grupos

Uefa estuda reforma na Liga dos Campeões com fim da fase de grupos

Uefa estuda reforma na Liga dos Campeões com fim da fase de grupos

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A Uefa realiza seu congresso anual na quarta-feira, em Viena, na Áustria, na expectativa de concluir a reforma no modelo de disputa da Liga dos Campeões. Entre as principais mudanças estão o fim do módulo de grupos, o aumento do número de equipes participantes – de 32 para 36 – e o incremento de mais 100 jogos na tabela, totalizando 225 partidas.

A intenção da entidade é de que as mudanças entrem em vigor a partir de 2024, abrangendo também o método de disputa da Liga Europa e da Liga Conferência. A reforma na Liga dos Campeões visa especialmente atender aos interesses das emissoras de televisão, bem como o aumento das receitas com o aumento da venda de ingressos.

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Apesar da Uefa estar confiante na efetivação das mudanças, a entidade ainda alega que o caso “não está 100%” garantido. Um dos motivos para a cautela é a grande rejeição da reforma, anunciada em 2021, mas ofuscada pela abrupta criação da polêmica Superliga Europeia, torneio privado criado pelos principais clubes do Velho Continente. O projeto não foi adiante, deixando a Liga dos Campeões em segundo plano.

LIGA DOS CAMPEÕES PODE TER MINI-TORNEIO E CALENDÁRIO APERTADO

O método de disputa proposto na nova Liga dos Campeões, uma espécie de mini-torneio, é inspirado nas competições de xadrez. A ideia é prolongar a disputa na primeira fase, com os clubes conseguindo elevar as receitas com a bilheteria, levando em consideração que os torcedores desejam assistir partidas de competições com maior prestígio.

Por outro lado, o calendário apertado do futebol europeu é o principal obstáculo de quem advoga contra a reforma. O número de datas destinadas ao “mini-torneio”, inicialmente previsto em dez dias contra dez adversários diferentes, significaria um aumento de quatro jogos em relação ao método atual da fase de grupos – seis jogos, com três partidas de ida e três partidas de volta. Na sexta-feira passada, a Associação das Ligas Europeias, que reúne 30 ligas profissionais do continente, pediu um limite de oito jogos, para não invadir o espaço deixado para os campeonatos nacionais.

Gigantes do futebol europeu também se opõem a uma fase inicial mais prolongada, ainda que Nasser Al Khelaifi, comandante da Associação Europeia de Clubes (ECA, sigla em inglês), esteja na posição de presidente do Paris Saint-Germain e patrono da beIN, rede de televisão que transmite os jogos da Liga dos Campeões na França.

VAGAS POLÊMICAS

Outro ponto polêmico é a atribuição de duas das quatro novas vagas ao benefício do “coeficiente Uefa”, estabelecido pelos resultados anteriores em competições europeias, oportunidade dada aos veteranos que não se qualificam para o torneio em determinada temporada. As grandes equipes são a favor deste modelo, mas a ECA defende que todos os participantes devem se classificar através dos campeonatos nacionais. Este foi justamente o argumento apresentado contra os promotores da Superliga, projeto que inicialmente estabelecia que os membros fundadores fossem classificados sem a necessidade de disputar as vagas.

“As Ligas Europeias se opõem fortemente à introdução de um sistema de cotas ligado a um suposto coeficiente de desempenho europeu, que constituiria uma segunda chance injustificada para os grandes clubes”, publicou a ECA na sexta.

A reforma também pode incluir a ideia sugerida desde o ano passado pelo presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, de uma semifinal e final disputadas na mesma cidade. Vale ressaltar que os direitos televisivos das competições europeias de clubes foram avaliados em 5 bilhões de euros por ano (R$ 27 bilhões) para o período de 2024 a 2027. O valor representa um aumento de mais de 50% em relação aos direitos televisivos de 2018 e 2019.

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