Após duas vitórias no Campeonato Brasileiro (Botafogo e Avaí), o técnico Vítor Pereira afirma que o Corinthians se sente obrigado a vencer a Portuguesa-RJ na estreia na Copa do Brasil, na próxima quarta-feira, no estádio do Café, no Paraná. E a razão é bem simples: a diferença do poderio técnico das duas equipes.
“Para eles, é tudo. Para nós, estamos obrigados a ganhar. Se ganharmos, não fazemos mais que a obrigação”, afirmou o treinador em entrevista coletiva na Neo Química Arena após os 3 a 0 sobre o Avaí pela segunda rodada do Brasileirão.
O treinador revela que deverá escalar uma equipe bastante modificada, com maior espaço aos jogadores mais jovens. Neste sábado, o time entrou com seis jogadores formados nas categorias de base. “Teremos de atuar de forma concentrada, focada e organizada. Vamos mudar (a escalação) porque é a única forma de manter o alto nível. Temos jogos de altíssima exigência na sequência. Vamos escalar os atletas para evoluírem na maturidade e acalmar o jogo. Também para dar oportunidade a quem está bem nos treinos. Não há outro caminho”, disse o treinador.
Questionado sobre o número de alterações que deverá fazer, o treinador afirmou que serão mais de cinco ou seis mudanças em relação ao time que venceu o Avaí. “Faremos cinco ou seis mudanças ou mais. Esse calendário não permite pensar jogo a jogo. Vamos mudar e temos de mudar. Espero que a equipe dê uma boa resposta. É uma oportunidade para eles”, continuou o treinador.
O rodízio de atletas foi uma necessidade que o treinador identificou a partir, principalmente, do Campeonato Paulista. O time foi eliminado pelo São Paulo nas semifinais. “Saímos envergonhados porque sabíamos que poderíamos fazer mais. Nós estávamos mortos (de cansaço). Experimentamos e falhamos. Temos de aprender com a experiência. Se decidirmos da mesma forma, vai acontecer a mesma coisa”, disse o treinador.
Sobre a vitória deste sábado, o treinador confessa que não saiu completamente feliz por causa da queda de ritmo e dos erros de passe. Cássio fez pelo menos três defesas difíceis ao longo da partida. “Ainda falta maturidade em alguns momentos do jogo. Poderia estar feliz com 3 a 0, mas fico feliz quando resultado é consequência de qualidade constante. Tivemos momentos em que entregamos a bola ao adversário. Tivemos muitos períodos sem bola”, criticou o português.