Novo técnico do Corinthians, o português Vitor Pereira conversou com jornalistas ao embarcar para o Brasil nesta sexta-feira no aeroporto da cidade de Porto e detalhou mais sobre sua expectativa de treinar a equipe. Pereira contou que se considera um “pouco louco”, fazendo alusão à famosa música dos torcedores do clube, e disse que gosta de trabalhar sob pressão.
“Eu e o Corinthians temos um pouco do mesmo DNA. Eu sou um pouquinho louco (risos). Escolho sempre projetos que me desafiam, projetos que sinto que tem paixão, e esse é mais um. Vamos à luta. Eu sinto uma paixão muito grande por um clube com esta dimensão. A torcida tem uma dimensão enorme, o clube tem uma pressão no dia a dia que serve como combustível. Pressão? Eu gosto. Eu só aceitei o Corinthians porque gosto de pressão”, afirmou o português, que assinou contrato até o fim deste ano.
Vitor Pereira também revelou que não estava preparado mentalmente para treinar no futebol brasileiro neste momento, mas a insistência do clube brasileiro fez a diferença para aceitar o convite. A diretoria havia tentado alguns nomes, incluindo Pereira, mas não teve sucesso. Um acordo com Luís Castro parecia encaminhado, mas travou e os esforços se voltaram novamente ao ex-técnico do Fenerbahçe, da Turquia.
“Eu, como sou muito emocional, pensei que esse era o projeto, me convenceram que era o projeto. O Duilio insistiu muito. No início, eu e minha família não estávamos preparados. Mas depois de tanto tempo, a insistência valeu”.
Vítor Pereira tirou fotos com torcedores do Corinthians que estiveram presentes no seu embarque e foi convidado a cantar a música que provoca o rival Palmeiras por não ter Mundial, mas se recusou a alfinetar a equipe treinada pelo compatriota Abel Ferreira.
No Brasil, além de Abel, Pereira também terá a “companhia” de Paulo Sousa, técnico do Flamengo e outro representante lusitano na Série A. O novo treinador alvinegro destacou que precisará ainda se adaptar ao calendário apertado do futebol brasileiro, uma das grandes críticas de Abel Ferrreira desde que assumiu o Palmeiras. “O Campeonato Brasileiro tem características que, para mim, são desafios. Que é jogar de três em três dias, grandes viajar, pouco tempo para treinar, então vou ter que me adaptar. Eu preciso me desafiar, preciso sentir que estou pressionado”.