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Lazer e CulturaFestival de Veneza começa com furacão VIP, de 'Duna' a Almodóvar e Penélope Cruz

Festival de Veneza começa com furacão VIP, de ‘Duna’ a Almodóvar e Penélope Cruz

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Se o Festival de Veneza no ano passado preferiu manter o perigoso pioneirismo de um grande evento cinematográfico durante a pandemia, apesar de contar com poucas celebridades na festa, este ano não faltarão estrelas para o Lido bombar tanto quanto a Croisette.

A 78ª edição da mostra italiana de cinema, que começa na próxima quarta e segue até o dia 11, renasce com um furacão VIP no tapete vermelho, desde o badalado Pedro Almodóvar -que abre o festival com “Madres Paralelas”, protagonizado por Penélope Cruz- até a estreia da ficção científica “Duna”, dirigida por Denis Villeneuve e estrelada por hollywoodianos como Timothée Chalamet, Zendaya e Rebecca Ferguson.

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É provável que os fanáticos que anualmente se reúnem no Palazzo del Cinema para ver as celebridades já não se deparem com tapumes pelas ruas como na edição anterior. Mas eles terão que aproveitar ao máximo os primeiros dias da celebração para ver a nata que deve trocar Veneza pelo Festival de Toronto no dia 9, quando começa a mostra canadense.

Em questões sanitárias, o balanço do ano passado foi positivo, assim como Cannes comprovou apesar de eventualidades. Ainda assim, as medidas contra a Covid-19, sobretudo com o crescimento da variante delta, vão ser aplicadas, com espaços para testes gratuitos, reservas online e exigência do comprovante de vacinação.

A expectativa da organização é de que seja “menos complicado do que em Cannes”, como afirmou Roberto Cicutto, presidente do evento, à americana Variety. O festival ainda vai trabalhar com metade da capacidade dos cinemas, mas não deve exigir testagem diária, como o evento francês.

Viajantes de países com o Reino Unido não precisarão ficar em quarentena de cinco dias como no ano passado, mas quem vem de países como Brasil, China e Índia ainda nem podem entrar na Itália.

As restrições de presença, porém, não afetaram a variedade da seleção, com representantes de dezenas de países em suas diferentes mostras. Na principal, 21 longas competem pelo Leão de Ouro, mas só quatro dirigidos por mulheres –metade do que havia no ano passado.

Quem preside o júri é o cineasta sul-coreano Bong Joon-ho, que caiu na boca do povo com “Parasita”, grande vencedor do Oscar de 2020. No corpo de jurados, se unem a ele o italiano Saverio Costanzo e o romeno Alexander Nanau, além da atriz britânica Cynthia Erivo, da canadense Sarah Gadon e da franco-belga Virginie Efira -meio a meio entre homens e mulheres, com um asiático e uma negra.

Desde 2017, filmes mais pop arrebataram o grande prêmio do festival –“A Forma da Água”, de Guillermo Del Toro; “Roma”, de Alfonso Cuarón; “Coringa”, de Todd Phillips; até “Nomadland”, de Chlóe Zhao, também ganhador do Oscar.

Entre os blockbusters da edição, os holofotes vão para “Duna”, metáfora política com um herói messiânico mergulhada em conflitos intergaláticos. Mas ele vai apenas para estrear, não para concorrer a prêmios.

Oscar Isaac, que faz o pai do protagonista da ficção científica, também estrela “The Card Counter”, policial de Paul Schrader -um dos roteiristas de clássicos como “Taxi Driver”, mas que não deixa nada a perder quando assume a direção, vide “Fé Corrompida” ou “Gigolô Americano”.

Na falta de diretoras mulheres na competição, o protagonismo feminino deve estar nas telonas indepedente do gênero dos cineastas. Depois de filmar o trauma de Jacqueline Kennedy em “Jackie”, o chileno Pablo Larraín traz “Spencer”, em que Kristen Stewart encarna Diana durante o fim de semana em que decidiu se divorciar do príncipe Charles.

O tema da maternidade estará no já citado filme de Almodóvar, uma das obsessões do cineasta, e também na estreia de Maggie Gyllenhaal na direção, com “The Lost Daughter”, adaptando o romance “A Filha Perdida”, de Elena Ferrante, com Olivia Colman e Dakota Johnson no elenco.

Ainda no terreno das adaptações literárias femininas, “L’Événement”, de Audrey Diwan, trabalha o romance de Annie Ernaux -de “O Lugar” e “Os Anos”, publicados recentemente no Brasil-, em que a autora relata sua experiência com um aborto ilegal na França dos anos 1960.

Já Jane Campion -conhecida por mulheres inesquecíveis desde os anos 1990, como a Ada McGrath, de “O Piano”-, vai se concentrar numa guerra entre dois irmãos, Benedict Cumberbatch e Jesse Plemons, num rancho no estado americano de Montana.

O Brasil não tem filmes na disputa pelo Leão de Ouro, mas está presente na mostra Orizzonti Extra, com o longa “7 Prisioneiros”, de Alexandre Moratto, o curta “Ato”, de Bárbara Paz, e o trabalho em realidade virtual “Lavrynthos”, de Fabito Rychter e Amir Admoni. Ainda em Veneza, mas em eventos independentes, o país conta com “A Salamandra”, de Alex Carvalho, na Semana da Crítica, e “Deserto Particular”, de Aly Muritiba, na mostra Venice Days.

Outros nomes conhecidos do Lido, como o venezuelano Lorenzo Vigas -Leão de Ouro em 2015 por “De Longe Te Observo”- e o italiano Paolo Sorrentino -oscarizado com “A Grande Beleza”- se somam aos grandes nomes da competição principal.

Entre os homenageados da edição, Roberto Benigni, de “A Vida É Bela”, receberá um Leão de Ouro, e Ridley Scott o prêmio Cartier Glory to the Filmmaker, algo como glória ao cineasta, em reconhecimento à carreira. Ele também exibe, fora de competição, o “O Último Duelo”, com Matt Damon, Adam Driver e Ben Affleck.

Veja a seguir a lista completa dos longas que concorrem ao prêmio principal.

“Madres Paralelas,” de Pedro Almodóvar

“Mona Lisa and the Blood Moon,” de Ana Lily Amirpour

“Un Autre Monde”, de Stephane Brizé

“The Power of the Dog”, de Jane Campion

“America Latina”, de Damiano D’Innocenzo e Fabio D’Innocenzo

“L’Événement”, de Audrey Diwan

“Official Competition”, de Gaston Depart e Mariano Cohn

“Il Buco”, de Michelangelo Frammartino

“Sundown”, de Michel Franco

“Comédie Humaine”, de Xavier Giannoli

“The Lost Daughter,” de Maggie Gyllenhaal

“Spencer”, de Pablo Larraín

“Freaks Out”, de Gabriele Mainetti

“Qui Rido Io”, de Mario Martone

“On The Job: The Missing 8”, de Eric Matti

“Leave No Traces”, de Jan P. Matuszyski

“Captain Volkonogov Escaped,” de Yuriy Borisov

“The Card Counter”, de Paul Schrader

“The Hand of God”, de Paolo Sorrentino

“Reflection”, de Valentin Vasyanovych

“La Caja”, de Lorenzo Vigas

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