BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – Mais de cem obras de arte apreendidas pela Polícia Federal em endereços ligados ao filho do ex-ministro Edison Lobão, Márcio Lobão, foram entregues ao Museu Oscar Niemeyer, o MON, em Curitiba, nesta quinta-feira (14), com ajuda do Exército.
São pinturas, desenhos, gravuras e esculturas de autoria de grandes nomes da arte moderna e contemporânea brasileira, como Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Lygia Clark, Iberê Camargo, Mariana Palma, Sandra Cinto, Vik Muniz e da dupla Osgêmeos.
Os mandados de busca e apreensão, que ocorreram nesta terça (12), fizeram parte da 79ª fase da Operação Lava Jato, batizada Vernissage, que apura suposta prática de lavagem de dinheiro pelo ex-ministro e seus filhos Márcio Lobão e Edison Lobão Filho.
Segundo o Ministério Público Federal, o MPF, pelo menos quatro obras de três artistas contemporâneas brasileiras –Sandra Cinto, Mariana Palma e Vânia Mignone– foram usadas em esquema de lavagem de dinheiro de proprina envolvendo a Transpetro, subsidiária da Petrobras.
De acordo com o pedido de busca e apreensão feito pelo MPF, os galeristas Ricardo Trevisan e Rodrigo Editore, donos da Casa Triângulo, em São Paulo, procuraram o órgão federal para confessar que teriam praticado o crime de lavagem de dinheiro, além firmar um acordo para trancar a ação penal, segundo documento obtido pela reportagem.
O lote se soma a outros 230 trabalhos que já haviam sido destinados ao museu em fases anteriores da Lava Jato.
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Mais de cem obras de arte do clã Lobão apreendidas pela Lava Jato chegam a Curitiba
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