SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Samantha Schmütz, 42, continua revoltada com o incêndio que atingiu a Cinemateca Brasileira na noite desta quinta-feira (29). Sem citar nomes, ela usou o Twitter para se manifestar contra as celebridades que se preocupavam mais em se exibir em festivais de cinema do que em defender o cinema nacional.
“E onde estão as beldades que foram para Cannes desfilar vestidos e joias?? Não vão defender o cinema?? Pseudo artistas que usurpam a arte para fazerem coisas periféricas e no fundo não estão nem aí para o cinema nacional! Ao invés de Cannes ano que vem deveriam ir em Cana”, escreveu nesta sexta-feira (30).
Coincidência ou não, o desabafo de Schmütz levou Marina Ruy Barbosa, 26, não só a lamentar o incêndio, mas também a se manifestar em relação às críticas contra artistas que estiveram na 74ª edição do Festival de Cannes, realizada entre os dias 6 e 17 de julho, na França.
“O incêndio à Cinemateca é uma agressão à cultura do nosso país. Estamos vendo nossa história ser queimada há tempos, nossa cultura sendo completamente abandonada. Isso é inquestionável. E é sobre isso que devemos falar. E cobrar do governo, que é quem realmente pode fazer alguma coisa”, iniciou Barbosa no Instagram Stories também nesta sexta-feira.
“A cobrança em relação à minha ida e participação no festival de Cannes, não deveria ser pauta e nem motivo de preocupação. Eu tenho muito orgulho de ser atriz, de trabalhar com o que eu amo desde os nove anos de idade, buscando meu espaço. O fato de ter ido para o festival, contratada por uma marca para trabalhar, e estar ao lado de mulheres incríveis como Sharon Stone e Melanie Thierry, não deveria causar tamanha indignação de alguns”, argumentou.
No longo desabafo, a ruiva falou ainda sobre as cobranças para posicionamentos imediatos e citou a ginasta norte-americana Simone Biles, que deixou de competir para preservar a própria saúde mental. Ela reforçou que continuará fazendo esse tipo de trabalho e finalizou abordando a importância da autoestima na vida das pessoas, o que garantiria segurança nas próprias decisões.
“Devemos acreditar em nós mesmos –e isso vale especialmente para as mulheres –, levantar sempre a cabeça, fazer o que está ao nosso alcance e não deixar nunca ninguém nos desmerecer ou subjugar”, encerrou Barbosa.