A história do inescrupuloso coronel Odorico Paraguaçu, um tipo bem comum na política brasileira, foi escrita por Dias Gomes para o teatro, em 1962, na peça Odorico, o Bem Amado, ou Os Mistérios do Amor e da Morte.
A trama ganhou fama em 1973, quando virou telenovela, protagonizada por Paulo Gracindo. Décadas depois, chegou ao cinema. Agora, o diretor Ricardo Grasson apresenta uma versão musicada para o teatro, com músicas de Zeca Baleiro e Newton Moreno.
O ator Cassio Scapin, que vive Odorico nessa nova versão teatral, explica que as músicas funcionam como “comentaristas” de algumas cenas e trazem um olhar crítico para a trama. “Tudo isso com uma pegada brasileira, festival, da música popular. O que aproxima ainda mais a plateia da narrativa do espetáculo.”
Sobre reviver uma figura tão emblemática, e ainda presente na memória de muitos espectadores, Scapin diz que o personagem continua por aí, buscando um carisma de forma politiqueira. “Odorico é uma grande caricatura de um comportamento político brasileiro, de um momento histórico que estamos vivendo, que parece ficcional, mas não é”, observa.
No elenco, além de Scapin, estão Guilherme Sant’Anna, Eduardo Semerjian, Marco França, Rebeca Jamir, Luciana Ramanzini e Kátia Daher, que revivem outros habitantes da fictícia Sucupira, como as santarronas irmãs Cajazeiras e o pistoleiro Zeca Diabo. l
Estreia hoje (5). 6ª, 21h; sáb., 20h; dom., 18h. Sesc Santana. Av. Luiz Dumont Villares, 579, Santana. R$ 12/R$ 40. Até 11/9. /bit.ly/novoamado
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.