Após ser acusado de homofobia e misoginia, por ter dito em entrevista ao podcast WTF with Marc Maron que o filme Ataque dos Cães fazia “alusões à homossexualidade”, com “caubóis dançando sem camisa para lá e para cá” e questionado “por que uma mulher da Nova Zelândia teria direito de contar histórias sobre o Velho Oeste dos Estados Unidos?”, o ator Sam Elliott, 77, disse que se arrependeu.
“Aquele filme mexeu comigo, e ao tentar expressar como ele mexeu comigo, não me articulei bem. Não consegui dizer o que pensava de uma maneira correta, e acabei falando algumas coisas que machucaram as pessoas. Eu me sinto terrível por isso”, contou em entrevista ao Deadline.
Ele pediu desculpas, por ter ofendido amigos e pessoas que ama após a fala. “Eu sinto muito por ter machucado qualquer um desses amigos, e também por ter machucado uma pessoa que eu amo… e qualquer outro que tenha ouvido as palavras que eu disse.”
Dirigido por Jane Campion, Ataque dos Cães rendeu a ela o Oscar de melhor direção, a terceira mulher da história premiada nessa categoria. Jane se pronunciou após os comentário de Elliott: “Eu acho que tudo isso é realmente lamentável e triste, porque a declaração se encaixa no tríade da misoginia, xenofobia e homofobia. Eu não gosto disso.”
“Além disso, ele não é um caubói, ele é um ator. O Velho Oeste é um espaço mítico e há muito o que se explorar no gênero”, afirmou.
Sam Elliott não tocou nas acusações de Jane, mas pediu desculpas ao ator Benedict Cumberbatch, que interpreta Phil Burbank no filme, um homem sexualmente reprimido. “Quero pedir desculpas aos atores de Ataque dos Cães, que são todos maravilhosos, especialmente Benedict Cumberbatch.”