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DEM faz ato com indiretas a Bolsonaro e evita apoio formal ao governo federal

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Em uma convenção com várias indiretas ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) nesta quinta-feira (30), o DEM evitou dar apoio formal ao governo, comprometendo-se apenas com a agenda de reformas econômicas defendidas pelo Palácio do Planalto.
Na titularidade das pastas da Casa Civil, da Saúde e da Agricultura e nas presidências da Câmara e do Senado, alcançadas com apoio do governo, o partido tem sido alvo de críticas de correligionários e apoiadores de Bolsonaro, que cobram uma declaração explícita de adesão.
De dentro do DEM, as cobranças foram vocalizadas pelo ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
“O presidente da República precisa do apoio do Democratas. Não é apoio ao presidente, é apoio ao país. Eu peço: vamos assumir o governo para sairmos da crise e mostrarmos que temos como ajudar a população brasileira”, disse Caiado.
Onyx foi além e especulou sobre a volta de Bolsonaro ao DEM. O presidente integrou os quadros do PSL (antigo nome do Democratas) em 2005, mas, no mesmo ano, migrou para o PP.
“Nós vencemos e hoje temos a Presidência. Um ex-filiado do PFL, um ex-filiado do Democratas e que olha para o nosso partido com imenso respeito e, por que não dizer, com o olho de quem sabe gostaria de voltar para casa”, disse o ministro em seu discurso.
Quando lhe foi perguntado pela reportagem, após o evento, se havia alguma sinalização do presidente nesse sentido, Onyx respondeu rindo: “Eu vejo nos olhos dele”.
Mas os demais oradores foram em outra direção. Antes mesmo do início da convenção, o presidente nacional do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, disse que o propósito do ato não era definir apoio ao governo.
“Temos compromisso com a agenda do país, independentemente de compor uma base formal”, disse Neto em entrevista.
Indagado sobre as críticas dos aliados de Bolsonaro, afirmou que não cairia em provocações.
“Não acho que é o momento de alimentar esse tipo de polêmica ou discussão. Honestamente, quem tem preocupação com o andamento da agenda do país deve somar esforços, e não utilizar redes sociais ou mesmo o plenário da Câmara ou do Senado para provocações”, disse o prefeito de Salvador.
“Não digo que essa seja uma questão do governo, mas alguns aliados do governo perdem tempo com fogo amigo. Poderiam estar somando esforços e concentrando energia no que é importante, que é o avanço dessas reformas, principalmente na Câmara dos Deputados, com relação à reforma da Previdência”, afirmou ACM Neto.
Logo em seguida, em discurso, o presidente do DEM defendeu a democracia e os respeitos às instituições, em especial o Congresso, alvo constante de ataques de Bolsonaro e de seus seguidores na política e nas ruas. Ele também falou a favor da política, “que existe para evitar a guerra”.
“Prego a convivência e o respeito com a diferença. Não é porque o outro não pensa igual a mim que eu tenho que demonizar o outro, condenar o outro”, afirmou.
O presidente do DEM disse que os eleitores “não foram às urnas para defender radicalismos à direita ou à esquerda” e falou da legitimidade dos Poderes.
“Reconhecemos a autoridade e a legitimidade do presidente, que não foi dada por nenhum partido, foi dada pelas ruas, pelo povo brasileiro nas urnas. Mesma legitimidade que foi concedida ao Parlamento brasileiro, aos deputados e senadores”, disse ACM Neto, pregando união entre Legislativo e Executivo.
Ainda rebatendo indiretamente críticas feitas pelo presidente e seu entorno, refutou a pecha de fisiologista.
“Nosso partido jamais aceitou qualquer tipo de proposta. Nunca admitimos o troca-troca da velha política. Este partido não se guia nem se pauta por circunstâncias ou conveniências. O Democratas não aceita rótulos ou muito menos carimbos”, afirmou.
O DEM tenta se livrar do título de líder do centrão, grupo de partidos na Câmara que é conhecido por pressionar governos em troca de cargos e liberação de emendas.
“O DEM implodiu o centrão. Talvez algumas pessoas enganadas tentem nos rotular. Mas não há como se brigar com a história. O centrão foi destruído exatamente pelo deputado Rodrigo Maia”, disse o líder do Democratas na Câmara, Elmar Nascimento (BA).
“A forma pejorativa que muitas vezes tratam o Democratas e outros partidos  é o caminho do enfraquecimento não destes partidos, mas da democracia”, fez coro o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ).
O deputado também minimizou a falta de apoio formal da sua legenda ao governo Bolsonaro.
“Ser ou não ser governo não é o mais importante. O mais importante é ser a favor de uma agenda que construa um futuro melhor para a população brasileira.”
Rodrigo Maia também rebateu, indiretamente, a tentativa de Bolsonaro de atribuir ao Congresso suas dificuldades.
“Não é tudo responsabilidade do Parlamento. Vamos separar as responsabilidades. Não podem transferir todas as responsabilidades e todos os males do Brasil para a Câmara”, disse o presidente da Câmara
Rodrigo Maia também cobrou racionalidade e equilíbrio, mas não citou nomes.
“O Brasil está precisando de racionalidade, de equilíbrio. Menos discurso para fora e mais compromisso com a pauta de mudanças que este Brasil tanto precisa”, afirmou.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), ressaltou o apoio que sua legenda já dá ao governo.
“Não sei que outro partido tem ajudado mais o governo, muitas vezes mais até que o partido do presidente da República”, afirmou.
RECONDUÇÃO
ACM Neto foi reconduzido à presidência do DEM na manhã desta quinta-feira. Chegou ao comando  do partido em março do ano passado, substituindo o ex-senador Agripino Maia (RN).
Prefeito de Salvador no segundo mandato e provável candidato ao governo da Bahia em 2022, Antonio Carlos Peixoto de Magalhães Neto, 40, é formado em direito e assumiu o primeiro mandato de deputado federal em 2003. No partido desde 1997, é neto do senador Antonio Carlos Magalhães (1927-2007).
O DEM chamou-se PFL (Partido da Frente Liberal) até 2007. O partido só teve candidato a presidente da República uma vez, em 1989, quando ainda se chamava PFL. O candidato foi o ex-ministro Aureliano Chaves.
Em 1994 e em 1998, elegeu Marco Maciel vice-presidente de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
No ano passado, Rodrigo Maia ensaiou uma candidatura ao Palácio do Planalto, mas a ideia não decolou.
O DEM apoiou a candidatura derrotada de Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno e alguns dos seus principais nomes abraçaram o nome de Jair Bolsonaro (PSL) no segundo, embora a sigla não tenha dado apoio formal a ninguém.

Na serra gaúcha, estudantes fazem aula pública sobre educação

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CAXIAS DO SUL, RS (FOLHAPRESS) – Por causa do mau tempo, estudantes e professores fizeram nesta quinta (30) uma aula pública sobre educação em um ambiente fechado, no Instituto Estadual Cristóvão de Mendonza, em Caxias do Sul, na serra gaúcha.
“Dizem para nós que a nossa educação é mera mercadoria, nossa educação é alvo de cortes e não é prioridade dos governos. Se a gente continuar carregando isso, calados, vão achar que podem fazer isso. Vamos lutar para dizer que não podem”, disse Estela Balardin, presidente da UCES (União Caxiense dos Estudantes).
“As manifestações são uma reação dos estudantes, professores e comunidade em geral contra os cortes da educação e a reforma da Previdência. É o segundo dia de luta, mas organizamos também uma greve geral para o dia 14 de junho parando todos os locais de trabalho do país”, disse David Orsi Carnizella, diretor do 1° núcleo do CPERS (Sindicato dos Professores).
A chuva deve fazer com que o ato em Caxias do Sul marcado para o final do dia seja cancelado.

Tatá Werneck passa mal e cancela entrevista com Ivete Sangalo no Lady Night

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os problemas na gravidez de Tatá Werneck, 35, têm atrapalhado a execução de seu Lady Night, programa que ela apresenta no Multishow. Nesta quinta-feira (30), Tatá teve de cancelar uma entrevista que faria com Ivete Sangalo, 47, por ter passado mal um pouco antes de dar início à gravação.
Em suas redes sociais, ela lamentou o ocorrido e explicou que “está triste” com todas as complicações que vem sofrendo. Tatá e Rafael Vitti, 23, esperam uma menina. 
“A tão amada por todos nós Ivete Sangalo foi absolutamente gentil e carinhosa comigo de novo. Iríamos gravar hoje [dia 30] o Lady Night, mas por ordens médicas precisei cancelar porque minha pressão estava muito baixa e estava tudo girando. E eu tenho um limite alto para gravar passando mal, só posso ir até aonde meus médicos permitem. Quando tenho que cancelar o Multishow me dá todo apoio e cancela”, desabafou.
Tatá Werneck está sofrendo de hiperêmese gravídica, que é caracterizada por fortes náuseas e vômitos. Esse dano pode levar à perda de peso e à desidratação. Por mais que se esforce para dar continuidade na rotina, por vezes é difícil cumprir o trabalho.
“Estou fazendo tudo que eu posso. Estou triste. Passo muito mal, tenho muito enjoo ainda e cansaço. Mas quando minha médica diz que não posso seguir eu paro. E toda a equipe apoia. Meu corpo dá os sinais. Seguimos na tentativa de gravar mesmo sabendo que estou diferente”, continuou Tatá.
Esta não foi a primeira vez que a apresentadora, que está na metade de sua gravidez, precisou interromper uma gravação. No começo do mês de maio, Tatá sentiu enjoo dentro do estúdio enquanto entrevistava a atriz Larissa Manoela, 18. Na ocasião, assim como Ivete, Manoela deu todo o apoio para Tatá.

Sem acordo, Senado adia votação e MP de pente-fino no INSS pode caducar

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Senado adiou a votação da medida provisória considerada prioritária para o governo, e o texto que cria um pente-fino para os benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) volta a correr risco de perder validade.
O texto deixará de valer na próxima segunda-feira (3), data para a qual está marcada a votação. A ideia do governo é que a medida, que foi aprovada na madrugada de quarta (29) na Câmara, fosse votada ainda nesta semana pelos senadores.
No entanto, não houve acordo no plenário e a oposição pediu a verificação nominal dos votos. “Houve um pedido de verificação, e não há o quorum suficiente para a gente ir para o embate no voto. A gente tem os votos, se o plenário estivesse cheio”, afirmou a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP).
Agora o governo tenta conseguir um acordo para que a medida, que é considerada pelo governo um passo inicial da reforma da Previdência, não caia.
“Se houver eventualmente rompimento de acordo cai a MP e nós ferimos de maneira profunda a Previdência. Olha a responsabilidade que está no momento com o Senado”, disse Joice.
Segundo a líder a principal preocupação é de conseguir quorum para que a sessão não seja derrubada caso haja votação nominal —às segundas-feiras, o número de parlamentares em Brasília costuma ser baixo.
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), chegou a sugerir a apresentação de uma questão de ordem para que o prazo da medida valesse até a terça-feira (4), mas governistas consideraram a medida juridicamente insegura.
Por meio de nota, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, convocou sessão deliberativa para as 16h da segunda. “O presidente atendeu aos apelos dos senadores que argumentaram ter divergências com as matérias, mas nenhum tempo para debater e aprimorar o texto”, diz o texto.
​Com o texto aprovado pela Câmara, a equipe econômica espera economizar R$ 9,8 bilhões neste ano ao estabelecer regras mais rígidas para ter direito ao auxílio-reclusão, benefício pago ao dependente de presidiário, e com os programas de combate a fraudes na Previdência Social.
Além da revisão dos benefícios, a MP torna as regras de acesso ao auxílio-reclusão mais rígidas.
A medida assinada pelo presidente Jair Bolsonaro cria a exigência de 24 contribuições ao INSS para se ter direito ao benefício. Antes da MP, não havia essa carência.
Na Câmara, o governo teve dificuldade para conseguir um acordo para a votação do texto, que entrou pela madrugada.
Deputados ligados a sindicatos e ao setor rural se posicionaram contra mudanças no processo para que o trabalhador do campo entre com pedido de aposentadoria.
A MP retira a possibilidade de comprovação de atividade no campo por meio de declaração do sindicato dos trabalhadores rurais.

Economia está parada à espera de reformas e só decola no 2º semestre, diz Guedes

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A estagnação do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no primeiro trimestre do ano não foi novidade para o ministro Paulo Guedes (Economia), que condiciona a retomada do crescimento à aprovação da reforma da Previdência, o que ajudará o país a “decolar”.
Nesta quinta-feira (30), o IBGE informou que o PIB recuou 0,2% de janeiro a março, na primeira queda trimestral em dois anos.
“Isso não é novidade para nós. Nós sempre dissemos que a economia brasileira está estagnada”, afirmou o ministro ao sair de uma reunião com deputados do partido Novo no Ministério da Economia. “A economia está parada, à espera das reformas.”
Guedes disse ter confiança em que a “retomada vem aí”. “Temos que começar pelas coisas mais importantes. O voo da galinha já fizemos várias vezes. Você faz uma liberaçãozinha aqui, baixa artificialmente os juros para reativar a economia…aliás, foi assim que o último governo caiu. Não vamos fazer truques nem mágica, vamos fazer as reformas sérias, fundamentos econômicos. Aprovada a reforma da Previdência, o horizonte de investimentos clareia.”
O ministro voltou a dizer que a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) levou às previsões otimistas de que o país já cresceria 3% no primeiro ano. “A eleição do Bolsonaro significa que o Brasil não ia virar a Venezuela, mas não garantiu que o Brasil não vire a Argentina. O governo [de Cristina] Kirchner quebrou a economia. O governo [de Mauricio] Macri entrou e não fez as reformas com a profundidade necessária”, avaliou.
Segundo Guedes, com a reforma da Previdência, o Brasil não vira mais a Argentina e volta a crescer. Ele vê ainda crescimento no segundo trimestre do ano, e ressaltou que, “de julho em diante, o Brasil começa a decolar.”
A reforma da Previdência é o primeiro passo, disse o ministro, porque permite a retomada dos investimentos. Mas ele também considerou necessária a aprovação da reforma tributária e do pacto federativo, que vai ajudar a “colocar os estados e municípios de pé de novo.”
Após as reformas passarem, estimou o ministro, o Brasil pode crescer por até 15 anos. “Nós fizemos nos últimos anos o caminho da estagnação. O investimento está caindo no Brasil nos últimos 15 anos, está descendo. Todo ano descia um pouco.”
FATORES EXTERNOS
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia divulgou uma nota técnica nesta quinta-feira em que explica a retração do PIB de 0,2% em relação ao último trimestre de 2018 como consequência de fatores externos.
Para a secretaria, o país amargou queda no comércio exterior e no fluxo de investimentos —ingredientes importantes na composição do PIB— devido ao crescimento mais lento da economia mundial.
“Com isso, projetos foram adiados e a recuperação da economia revelou-se mais lenta do que o esperado no início do ano”, diz a nota.
A agropecuária sofreu com a “intempéries climáticas” do início do ano. Mas, ainda segundo a secretaria, as estimativas apontam para uma recuperação da safra ao longo do ano, “contribuindo para a retomada do PIB do setor agropecuário”.
Na indústria, o rompimento das barragens da Vale causando um dano ambiental drástico na região de Brumadinho (MG) teve reflexos na produção extrativa mineral. Em outra frente, a crise na Argentina prejudicou a comercialização de bens manufaturados brasileiros.
Houve desempenho positivo somente no comércio que, segundo a secretaria, deverá gerar um “efeito carregamento” sobre o PIB de serviços de 2% neste ano.
De um ponto de vista mais amplo, a SPE considera os gargalos estruturais da economia como entraves ao crescimento. Dentre eles, destacam-se a má alocação de recursos promovida por “políticas de estímulos a setores” [desoneração de folha de pagamentos e a política de campeões nacionais] e a deterioração das contas públicas provocada, principalmente, pelo aumento dos gastos.
“O quadro atual ainda é resultado desse ambiente construído por muitos anos.”
Para reverter esse quadro, a secretaria defende a aprovação da nova Previdência, para equacionar o quadro fiscal, e um “amplo conjunto de políticas pró-mercado, que está em elaboração com o objetivo de melhorar a produtividade da economia.
Dentre as medidas estão a reforma tributária, abertura comercial, aperfeiçoamento do mercado financeiro e de capitais, programas de concessão e privatização na área de infraestrutura, choque de energia barata, combate à corrupção e aos desperdícios no setor público, e eliminação de gastos tributários e subsídios financeiros e creditícios ineficientes.
Esse pacote vai tentar melhorar a competição nos diversos setores da economia. Para a SPE, a economia brasileira foi marcada por baixo crescimento nos últimos 40 anos mesmo com diversas políticas de estímulo ao consumo. Desta vez, a política de estímulo será pelo lado da oferta.

Com economia estagnada, Brasil flerta com recessão

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Brasil está flertando com uma nova recessão, embora, oficialmente, o PIB (Produto Interno Bruto) não tenha recuado por dois trimestres consecutivos, critério popularmente usado para definir essa situação nos ciclos econômicos.
A desaceleração do consumo das famílias e a forte contração do investimento privado –revelados pelos dados da economia divulgados nesta quinta-feira (30) pelo IBGE– somados à recente piora das expectativas em relação ao futuro são sintomas de um ambiente recessivo, segundo analistas.
Alberto Ramos, diretor de pesquisa para América Latina do Goldman Sachs, escreveu em um relatório nesta manhã que a situação atual já é sentida quase como uma recessão:
“Tecnicamente nós podemos ter evitado mergulhar de volta numa recessão, mas, de alguma forma, se sente quase como uma já que a demanda doméstica final (excluindo o consumo do governo) contraiu por dois trimestres consecutivos (e em três dos últimos quatro trimestres).”
O economista destaca que a renda per capita permanece 9,1% abaixo do nível do começo de 2014, antes do início da última recessão que se estendeu entre o segundo trimestre daquele ano e o último de 2016.
Em relatório, a LCA Consultores também ressalta que, do ponto de vista apenas da demanda doméstica, a economia está em recessão técnica, já que, somados, o consumo das famílias e a chamada formação bruta de capital fixo recuaram por dois trimestres seguidos. Isso não ocorria desde o fim de 2016.
Embora considere a ocorrência de uma recessão técnica para a economia como um todo no primeiro semestre deste ano pouco provável, a consultoria ressalta que, após a divulgação dos dados do primeiro trimestre, as projeções de crescimento próximas a 1% para 2019 já parecem muito otimistas.
As fases de expansão e contração da atividade no Brasil são estabelecidas pelo Codace (Comitê de Datação de Ciclos Econômicos), ligado à FGV (Fundação Getulio Vargas). Os critérios para determinar o início de uma recessão se baseiam no desempenho de uma série de indicadores e não se limitam à regra de dois trimestres consecutivos de queda do PIB.
Em 2014, por exemplo, a atividade econômica recuou no segundo trimestre e cresceu nos dois períodos subsequentes. No entanto, o Codace avaliou que as condições da economia já eram recessivas no período. As decisões do comitê são sempre tomadas olhando para trás, para permitir que as datações sejam feitas com maior precisão.
Por isso, é difícil para os economistas com base em indicadores correntes definirem se o Brasil vive ou não novamente uma recessão. A expectativa é que esse diagnóstico fique mais claro após o fim do segundo trimestre, para o qual o número de indicadores conhecidos ainda é limitado.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a economia brasileira está estagnada e o desempenho da atividade no primeiro trimestre não é novidade —o governo estuda liberar dinheiro de contas ativas do FGTS para impulsionar o consumo.
“A economia está parada, à espera das reformas”, disse Guedes. Ele afirma ver crescimento no segundo trimestre do ano, e ressaltou que, “de julho em diante, o Brasil começa a decolar.
Os dados já divulgados até agora não permitem antever uma melhora do quadro econômico. Do ponto de vista das expectativas de consumidores e empresários, a situação tem piorado, segundo Aloisio Campelo Jr., superintendente de estatísticas públicas do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas).
As sondagens de confiança de diferentes setores referentes a maio, compiladas pela instituição, indicam recuos para patamares anteriores à eleição de 2018, quando o quadro de incerteza no país era muito elevado.
“Os novos resultados mostram que os efeitos de lua de mel com o novo governo já foram totalmente anulados”.
“Esse retorno a patamares anteriores à eleição mostra uma situação ainda pior do que naquele momento, porque a incerteza agora não deveria ser tão grande”, diz Campelo.
Para o economista, os dados de confiança –principalmente as estatísticas que indicam as expectativas em relação ao futuro– revelam que a economia está numa situação quase “limítrofe” entre a estagnação e a recessão.
“Os dados mostram que estamos voltando a níveis de confiança anteriores ao ciclo forte de crescimento que a economia viveu entre 2005 e 2010”, diz Campelo.
A leitura dos números das sondagens é que tanto consumidores quanto empresários mostram grande receio de gastar dinheiro em um horizonte de tempo de três a seis meses.
“Podemos estar vivendo uma transição de um nível de pessimismo moderado para outro realmente mais forte”, afirma o economista.
Em outro relatório, o banco suíço UBS diz que a história do Brasil nos últimos dois anos tem sido a de frustração das expectativas de crescimento —no documento, a instituição corta sua perspectiva para o PIB de 2019 de 1,8% para 1%.
O banco caracteriza a situação da economia brasileira como estável, mas em um ponto de equilíbrio de baixo crescimento.
Tony Volpon, economista-chefe do UBS, diz ver “duas economias”. Uma, de serviços e consumo, ajuda a colocar o PIB na casa de 1%, conforme as famílias ainda obtêm renda com ganho acima da inflação e o crédito se expande.
A outra, mais volátil, penaliza indústria, exportação e investimentos com choques —como a crise na Argentina ou o rompimento de barragem da Vale— e baixa confiança generalizada em relação ao Brasil.
“Não acho que a probabilidade de ter processo recessivo seja grande porque há choques pontuais. Nossa expectativa é que podemos ter uma melhora, o que evitaria uma nova recessão. Se não aprovar a reforma da Previdência, aí teremos recessão”, diz Volpon.

Saiba quando é permitido usar o FGTS

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) foi criado para servir como uma proteção ao trabalhador em caso de demissão sem justa causa, conforme explicação da Caixa Econômica Federal.
Esse fundo é formado da seguinte maneira: no começo de cada mês, os empregadores depositam em contas no banco estatal o valor equivalente a 8% do salário de seu funcionário.
Quando o trabalhador é demitido sem justa causa, ele tem acesso ao total do valor depositado em sua conta criada para esse fundo.
Mas, além de situações de demissão sem justa causa, o dinheiro do FGTS pode ser acessado por outras formas.
– Término do contrato por prazo determinado
– Rescisão por falência, falecimento do empregador, empregador doméstico ou nulidade do contrato
– Rescisão do contrato por culpa recíproca ou força maior
– Aposentadoria Situações de calamidade pública na área de residência do trabalhador
– Suspensão do trabalho avulso (sem vínculo empregatício mas com intermédio de sindicato)
– Falecimento do trabalhador Idade igual ou superior a 70 anos
– Portador de HIV (trabalhador ou seu dependente)
– Neoplasia maligna (tumor seja no trabalhador ou seu dependente)
– Estágio terminal em decorrência de doença grave (trabalhador ou seu dependente)
– Permanência do trabalhador titular da conta por três anos ininterruptos fora do regime FGTS
– Para aquisição de órtese e prótese
– Para compra de casa própria

Além dessas situações descritas, há possibilidade de o governo liberar o recurso. No fim de 2016, o governo de Michel Temer permitiu o acesso dos trabalhadores a contas inativas do FGTS para injetar fôlego na economia, que estava em recessão. Em 2017, as retiradas das contas inativas do FGTS somaram R$ 44 bilhões.
A intenção de utilizar o dinheiro desse fundo para estimular a economia voltou a ser estudada pelo governo Bolsonaro. Depois de a economia brasileira fechar o primeiro trimestre de 2019 com recuo de 0,2%, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que estuda liberar dinheiro de contas ativas do FGTS.

Documentário de Ramón Valdés, o Seu Madruga, tem primeiras cenas divulgadas

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ator Ramón Valdés, conhecido por interpretar o Seu Madruga no seriado mexicano “Chaves”, ganhará em breve um documentário biográfico.
Morto em 1988, aos 64 anos, vítima de um câncer, Valdés será lembrado através de registros inéditos e entrevistas de amigos, familiares e fãs de todas as partes do mundo, inclusive do Brasil. O documentário se chamará “Con permisito dijo Monchito” (“Com licencinha, disse madruguinha”, em tradução livre), uma referência a uma frase usada na série.
Dentre os convidados para o projeto estão atores de “Chaves” como María Antonieta de Las Nieves, a Chiquinha, Carlos Villagrán, o Kiko, e Edgar Vivár, o Seu Barriga.
Enquanto os fãs aguardam o lançamento do documentário, Esteban Valdés, um dos filhos do ator morto, liberou algumas cenas do filme com imagens inéditas.
A descrição do documentário indica que se tratará da “história jamais contada sobre o homem que deu vida a um personagem que segue cativando a milhares de pessoas 30 anos após sua morte”.
Valdés fez 68 episódios de “Chaves” e participou também das séries “Chapolin”, “Chespirito” e “Dr. Chapatin” – todas criações de Roberto Bolaños.
 

Barack Obama conhece Pelé em São Paulo

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ex-presidente americano Barack Obama recebeu uma visita do ex-jogador Pelé nesta quinta-feira (30), em São Paulo.
Obama está no Brasil para participar de um evento sobre economia e negócios digitais.
O encontro ocorreu às 10h no hotel Hilton, onde Obama está hospedado.
Aos 78 anos, Pelé foi internado recentemente com infecção urinária. Ele já tinha passado pelo problema anteriormente e tem o fator de risco de ser paciente de rim único, o que inspirou cuidados da equipe médica.
Pelé entregou uma camisa da seleção brasileira para o ex-presidente americano. “Para presidente Obama com abraço, Edson Pelé”.
Obama disse que o ex-jogador era a “única lenda viva que ele queria conhecer e não ainda havia conhecido”.
Pelé retribui dizendo que é um admirador “de longa data” de ex-presidente.
Eles ficaram conversando durante pouco mais de uma hora.

Oportunidade, network e empreendedorismo são as pautas da AEAARP e do Sebrae-SP

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Inspirar é a palavra-chave para o projeto Jovens Profissionais da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP) em parceria com o Sebrae-SP. Estudantes de engenharia, arquitetura e agronomia, de cursos superiores e técnicos de Ribeirão Preto participam de encontros com consultores e profissionais com carreiras consolidadas que falam sobre mercado, oportunidade e empreendedorismo.

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Em fevereiro, alunos da Unaerp e do Centro Universitário Moura Lacerda já participaram do projeto. Ruth Paolino, diretora universitária da AEAARP e docente na Unaerp, destaca que os encontros são oportunos para que os estudantes, calouros ou veteranos, conheçam a experiência daqueles que já têm grande vivência no mercado e também as oportunidades oferecidas pela associação de Ribeirão Preto, uma das mais importantes do país no Sistema CONFEA/CREA e CAU.

“As relações profissionais, pessoais e de trabalho se misturam a partir do momento em que você escolhe uma carreira. Fazer parte de uma entidade de classe e buscar novas experiências e oportunidades faz parte da construção de uma rede de relacionamentos eficiente e duradoura”, afirma. Para o engenheiro Giulio Azevedo Prado, o ambiente da AEAARP para os jovens profissionais é ideal para o networking. “É nesse ambiente, que tem oportunidades técnicas, com palestras e workshops, e também sociais, com festas, eventos culturais etc., que criamos boas oportunidades de trabalho e estágio, por exemplo”, destaca.
Marta Maria Rossi, coordenadora do curso de Agronomia do Centro Universitário Moura Lacerda, opina que o encontro com a AEAARP e o Sebrae-SP permite aos alunos conhecerem a entidade “muito organizada e com sede extremamente funcional”, em sua opinião e para que se familiarizem com a profissão escolhida.

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O engenheiro agrônomo Callil João Filho é um dos dirigentes da AEAARP que participam do projeto. Nos encontros, ele conta a sua história: tem 65 anos de profissão (agora já aposentado) e demonstra para os estudantes a relevância da escolha, tratando os jovens estudantes como “colegas”. “O trabalho dos profissionais das áreas técnicas produzem riquezas e movem esse país; a formação continuada, o contato com colegas da área, de todas as gerações, enriquece a atividade profissional, e é isso que a AEAARP oferece aos associados”, fala.

No Centro Universitário Barão de Mauá, as palestras acontecerão na segunda quinzena de março. Será também nesse mês que o evento será realizado na Unip, Faculdade Anhanguera, Etec e Fatec.

O Brasil tem 1,3 milhões engenheiros e agrônomos. A maioria deles está registrada no estado de São Paulo 360 mil. Os dados são do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA). No Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU_BR), são 154 mil arquitetos e urbanistas registrados – 50 mil destes no estado de São Paulo.

Benefícios
A AEAARP oferece aos associados convênios com instituições de ensino superior graduação, pós-graduação, especialização etc. em Ribeirão Preto e região. Na sede da entidade são ministrados cursos de especialização e pós-graduação para engenheiros, arquitetos e agrônomos, em condições vantajosas para associados da AEAARP. Há também condições especiais em operadoras de saúde, com um plano administrado pela própria entidade.

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Durante todo o ano, a AEAARP promove encontros técnicos sobre tecnologia da construção, engenharia, arquitetura, agronomia e meio ambiente, com o intuito de colaborar com a formação continuada dos profissionais. Os eventos são gratuitos, abertos para toda a comunidade. “A programação das semanas técnicas procura sempre apresentar experiências diferentes, visões sobre as profissões, o mercado e a tecnologia que não estão no cotidiano das pessoas”, explica Rodrigo Araújo, diretor da AEAARP.

Já palestraram nos eventos da AEAARP o arquiteto Paulo Mendes da Rocha (Prêmio Pritzker em 2006), o engenheiro Catão Francisco Ribeiro (responsável pelos cálculos da ponte Otávio Frias Filho, em São Paulo) e o engenheiro agrônomo José Walter Figueiredo (criador do programa Município Verde Azul), dentre outros. Na última década, foram realizadas mais de 300 palestras técnicas na AEAARP. Na entidade também são oferecidos cursos livres de iniciação em Revit e AutoCAD.

“Além da oportunidade de relacionar-se com profissionais experientes, dirigentes de empresas e de órgãos importantes para as nossas carreiras, o associado da AEAARP está inserido em um ambiente dedicado a debater questões importantes, como urbanismo, infraestrutura, trânsito e transporte, do ponto de vista técnico”, destaca o engenheiro Giulio. A associação tem representantes em conselhos municipais e nos conselhos de classe CREA-SP e CAU-SP.

70 anos
2018 marca os 70 anos de fundação da AEAARP, fundada por um grupo de profissionais que buscava a valorização e o combate ao sombreamento e à atuação de leigos. A entidade é responsável por grandes vitórias nessas décadas, como a instalação da unidade regional do CREA-SP na cidade, debates sobre as primeiras iniciativas do Plano Diretor, Código de Obras etc.

Para marcar a data, a AEAARP desenvolve projetos com o olhar no futuro. “Nós reverenciamos a nossa história quando perpetuamos nossa atuação na sociedade e nos fortalecemos. Temos convicção de que, unidos em uma associação de classe, engenheiros, arquitetos e agrônomos são mais fortes”, finaliza o presidente da entidade, engenheiro Carlos Alencastre.

No portal www.aeaarp.org.br e na página www.facebook.com/aeaarp são publicados todos os eventos da entidade.

 

 

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