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PolíticaApós decisão do STF, Lira coloca em dúvida transparência de emendas do passado

Após decisão do STF, Lira coloca em dúvida transparência de emendas do passado

Após decisão do STF, Lira coloca em dúvida transparência de emendas do passado

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Após o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender a execução das emendas de relator e determinar ao governo e ao Congresso Nacional a transparência dessas indicações, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), colocou em dúvida a viabilidade de expor as informações relativas a recursos aprovados nos dois últimos anos. Esse tipo de verba está no centro do orçamento secreto, esquema investigado pelo STF e pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Em entrevista coletiva, Lira falou em “cumprir a decisão na medida da exequididade”.

A decisão do STF obriga a divulgação das informações que levaram à aprovação dessas emendas em 2020 e 2021. Além disso, após a determinação, a cúpula do Congresso prometeu editar um projeto de resolução para alterar o procedimento de indicação das emendas de relator (RP9) a partir do Orçamento do próximo ano.

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Ao falar sobre o impasse, o presidente da Câmara usou uma mudança tributária como exemplo. “A gente está discutindo no intuito de cumprir-se a decisão na medida da sua exequidade. A gente não pode é, por exemplo, se uma empresa que tem um sistema de um Simples, declara o Imposto de Renda de um jeito, você fazer uma lei agora e pedir para ela retroagir”, disse o deputado. A decisão do STF, no entanto, vai no sentido de exigir a transparência do processo orçamentário, conforme previsto pela Constituição.

Uma saída citada por Lira na coletiva de imprensa é mudar o carimbo dessas emendas aprovadas em 2020 e 2021 e ainda não pagas devolvendo a verba para o guarda-chuva das despesas discricionárias do Executivo, sem a digital do Congresso. “Aí o governo federal vai pagar a quem quiser, quanto quiser e de acordo como quiser sem nenhum tipo de fiscalização de quem quer fiscalização”, afirmou.

Na quarta-feira, 17, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), se reuniu com o presidente do STF, Luiz Fux, e também sinalizou disposição em cumprir a decisão e dar transparência às emendas de relator. Pacheco também procurou a relatora da ação, ministra Rosa Weber, com quem pretende se reunir nos próximos dias.

O presidente do Senado busca um entendimento com os integrantes da Corte para diminuir o impasse, retomar a execução das verbas e delimitar quais informações se tornarão públicas. Não há garantias, no entanto, se haverá a divulgação dos padrinhos de cada emenda, que não aparecem nos sistemas de transparência.

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