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PolíticaAras pede arquivamento de ação contra imposto zero para exportação de armas

Aras pede arquivamento de ação contra imposto zero para exportação de armas

Aras pede arquivamento de ação contra imposto zero para exportação de armas

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O procurador-geral da República, Augusto Aras, sugeriu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, 2, o arquivamento da ação movida pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) para tentar derrubar a resolução do governo federal que zerou o imposto sobre exportação de armamentos e munições para a América do Sul e a América Central. A sigla argumenta que a medida pode facilitar o tráfico de armas.

Em setembro do ano passado, o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex) derrubou a alíquota de 150%, que estava em vigor desde 2001. O tributo havia sido instituído, duas décadas atrás, para conter o chamado ‘efeito bumerangue’ das exportações a países com menor controle sobre o comércio de armamentos, sobretudo o Paraguai, o que viabilizava a reintrodução de verdadeiros arsenais no mercado clandestino brasileiro.

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Em seu parecer, Aras diz que uma eventual intervenção do tribunal para restabelecer o imposto poderia configurar avanço indevido sobre a autonomia administrativa do governo federal.

“A intervenção judicial em matéria de política pública é medida excepcional, sob pena de se transformar o Supremo Tribunal Federal em legislador positivo, ofendendo a separação de poderes”, opinou o procurador-geral. O relator do processo é o ministro Kassio Nunes Marques.

Aras também afirma que a decisão de zerar a alíquota ‘está permeada por fatores de ordem econômica e comercial’ e atendeu a ‘requerimentos formulados por sociedades empresárias e associações do setor da indústria nacional’.

“O cerne da retirada da exação de 150% nas operações de exportação de armas e de munições foi a superação da barreira para a venda do produto brasileiro em países latino-americanos, além de competir com indústrias internacionais como Estados Unidos, Itália, Áustria, República Tcheca, Turquia e Israel”, pontua.

Ao acionar o Supremo, o PSB alegou que a revogação do imposto é inconstitucional por violar direitos fundamentais, como o direito à vida e à segurança, na medida em que pode aumentar a circulação de armas ilegais no País. Outro argumento usado pelo PSB é que a tributação foi excluída de súbito e sem justificativa.

O Mistério da Economia, por sua vez, defendeu que o imposto era ‘absolutamente restritivo’ e que os ‘objetivos de segurança nacional estão supridos’ pelo sistema de marcação e controle adotado após a revogação. O governo também disse que a medida foi analisada para ‘atender o apelo da indústria nacional e em obediência ao princípio da motivação dos atos administrativos’.

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