O presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou que mandou o PL retirar ação protocolada no TSE contra o festival de música Lollapalooza por suposta campanha eleitoral antecipada. “Ou se tem liberdade de expressão ou não tem”, afirmou na cerimônia de troca de ministros no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira, 31.
O PL foi à Justiça e ganhou uma liminar favorável após a cantora Pabllo Vittar exibir em seu show no Lollapalooza uma bandeira do ex-presidente Lula (PT), principal adversário de Bolsonaro nas eleições e líder nas pesquisas, mas retirou a ação após ordem de Bolsonaro. A orientação do presidente foi antecipada pelo Broadcast Político.
Ministério
Bolsonaro ainda afirmou que todos os novos ministros empossados hoje foram orientação dos titulares anteriores da pasta e criticou o objetivo da criação do Ministério da Defesa – deixar nas mãos de civis o comando das Forças Armadas. “Defesa nasceu em 1999 por uma imposição política, queriam tirar os militares. Mas trouxemos militares para o centro do governo”, afirmou o presidente, que quer o general Braga Netto de vice nas eleições deste ano.
“E quem podia esperar um evangélico no Supremo? Tá lá”, acrescentou, sobre a promessa de campanha de indicar um ministro “terrivelmente evangélico” para o STF.
Vacina
O chefe do Executivo ainda reforçou, na contramão da ciência, sua resistência à vacinação e fez nova apologia de ivermectina e cloroquina, remédios comprovadamente ineficazes contra a doença. “Tem gente que quer que eu morra e fica me enchendo o saco para tomar vacina, me deixa morrer”, afirmou, desprezando a função coletiva da imunização.