A chapa formada entre o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB) pediu neste sábado, 6, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o registro da candidatura ao Palácio do Planalto. Com o fim das convenções, os partidos têm até o dia 15 de agosto para solicitar à Corte a oficialização de seus candidatos nas eleições de outubro.
“A chapa Lula-Alckmin está oficialmente registrada. Estamos muito contentes em dar início ao processo eleitoral, marco fundamental da democracia, maior ativo da sociedade brasileira”, diz nota oficial divulgada pela campanha de Lula e Alckmin, candidatos à Presidência e à Vice-Presidência, respectivamente.
A chapa é apoiada pelos dois outros partidos que formam uma federação com o PT, o PCdoB e o PV, além de Solidariedade, Avante, PSOL e Rede.
No último dia 29, o PSB oficializou em convenção o nome de Alckmin como candidato a vice na chapa de Lula ao Planalto. Ex-governador de São Paulo, Alckmin integrou o PSDB por 33 anos. Após atritos internos, o agora ex-tucano deixou no ano passado o partido que ajudou a fundar. Neste ano, filiou-se ao PSB para formar a aliança com Lula.
De perfil conservador e adversário do PT por décadas, Alckmin decidiu se juntar aos petistas para tentar derrotar o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
Na pesquisa Datafolha mais recente, divulgada em 28 de julho, o petista aparece com 47% das intenções de voto, mesmo nível da pesquisa de junho, e Bolsonaro com 29%, uma variação de um ponto porcentual para cima, dentro da margem de erro, que é de dois pontos porcentuais.
Com isso, ganhou força na campanha petista a estratégia de tentar atrair mais aliados para resolver a eleição no primeiro turno. Pesquisas mais recentes, de outros institutos, contudo, têm apontado uma recuperação do atual presidente, após uma série de medidas para reduzir os preços dos combustíveis.