O ministro Paulo Guedes disse nesta segunda-feira, 11, que, num eventual novo mandato do presidente Jair Bolsonaro, o programa econômico será “o mesmo, só que aprofundando”. A empresários de Maringá, ele afirmou que o governo reencaminhará o texto de reforma tributária defendido pela equipe econômica, com imposto de renda menor para pessoa física e jurídica e tributação de lucros e dividendos.
Segundo Guedes, a tributação sobre lucros e dividendos seria de 15% apenas sobre o montante que exceder R$ 400 mil por mês. “Estamos tributando só 15% aos superricos, e isso dá recursos suficientes para desonerar 32 milhões de brasileiros na pessoa física e 4 milhões de empresas que também teriam IRPJ reduzido”, disse.
Ele defendeu que apenas Brasil e Estônia não tributam lucros e dividendos e afirmou que lobbies pararam a reforma tributária no Congresso. Segundo ele, o modelo defendido pelo governo beneficia o empresário, que teria o imposto reduzido a 23%.
“Nossa reforma é relativamente simples, desonera empresas e classe média e tributa superricos quando tiram dinheiro da empresa. Se ele deixar dinheiro na empresa, o imposto vai cair. O que nos interessa – emprego, renda, inovação, aumento de produtividade -, isso acontece na empresa. Não quero tributar mais a empresa. Mas se você está consolidado e quer tirar dinheiro da empresa, paga só 15% antes de comprar avião, iate, jatinho próprio”, disse, completando: “Nossa reforma é pró-mercado”.
Segundo Guedes, a reforma tributária terá que ser feita. “Tomara que seja por nós. Qualquer outro grupo que entrar vai botar (reforma) tudo no progressivo”, disse, em evento organizado pela Associação Comercial e Empresarial (Acim) de Maringá.