Em reunião que formalizou a indicação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) à vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o petista afirmou que se dedicará “de corpo e alma para que essa aliança seja deferida”. Lula enfatizou que a composição é necessária para consertar o País. “Nós estamos dando uma demonstração muito forte ao Brasil”, afirmou, de mãos dadas com o ex-tucano.
“Esse dia pra mim é importante, Alckmin, tenho certeza que o PT vai aprovar seu nome”, disse o petista. O PSB apresentou nesta sexta-feira (8) a indicação formal de Alckmin a vice na chapa de Lula. Na próxima semana, o diretório nacional do PT sinaliza se aceitará o nome do ex-governador na composição. Internamente, lideranças históricas petistas rejeitam Alckmin pelo seu histórico à direita e sua relação com pautas econômicas liberais.
No encontro, Lula minimizou a rivalidade. “Já fui adversário do Alckmin, do José Serra (PSDB), do Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e nunca nos desrespeitamos”, disse o ex-presidente durante o encontro.
Ao citar a experiência de Alckmin como um fato importante para “consertar o País”, Lula mencionou lideranças históricas do PSDB, como o ex-governador Mário Covas, um político que, segundo ele, “eu gostava de graça”. “E o Alckmin aprendeu o serviço com Covas durante seis anos”, completou. Alckmin foi vice-governador de Covas de 1994 a 2000.
Com a formalização da chapa em vista, o ex-presidente prometeu percorrer o País “de Roraima ao Chuí para conversar com o povo”.