Convidada por Fernando Haddad (PT) para ser sua vice na disputa pelo governo de São Paulo, a ex-ministra Marina Silva (Rede) se disse honrada com a sondagem, mas manteve a candidatura a deputada federal. ‘Me sinto honrada e tenho gratidão pelo gesto dele ter feito a sondagem, mas há uma agenda na UTI, que é a agenda socioambiental perdida’, disse Marina ao Estadão nesta terça-feira, 2.
‘Esse é um processo que ele (Haddad) está liderando junto com os outros partidos. O perfil (do vice) será aquele compatível com o programa, mas todos nós, e ele também, gostaríamos que fosse uma mulher como vice’, disse Marina.
A ex-ministra citou como ‘vitórias’ a escolha do ex-governador Márcio França (PSB) como candidato ao Senado na coligação, e do presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, como suplente.
‘Mantive a decisão de sair candidata a deputada federal, mas estou inteiramente imbuída do esforço de ajudar o Fernando Haddad. Ele é de longe a melhor alternativa para São Paulo.’
A federação que uniu Rede e PSOL aposta em dois puxadores de voto para a Câmara por São Paulo – Marina e Guilherme Boulos (PSOL) – para superar a chamada cláusula de barreira. A cláusula de barreira ou de desempenho (como também é chamada) restringe o funcionamento do partido que não alcança determinado porcentual de votos na eleição para a Câmara dos Deputados.
Candidata derrotada à Presidência da República em 2010, 2014 e 2018, Marina afirmou que vai agora trabalhar pela candidatura de Haddad e não reivindicou que a Rede escolha o nome do vice do petista, mas defendeu que seja uma mulher.