O ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung negou ter sido convidado para assumir a vaga de “presidenciável” do PSD, mas classificou como corajosa a decisão de Eduardo Leite (PSDB) de deixar o governo do Rio Grande do Sul para “estar a disposição desse debate nacional”. Ao Estadão, ele defendeu a redução do número de candidaturas no centro e avaliou que mesmo que um representante desse campo não chegue a um segundo turno, terá mais peso para “trocar apoio político por programa de governo”.
Eduardo Leite deveria ter ido para o PSD?
Eu admiro o trabalho do (Gilberto) Kassab (presidente do PSD). Ele está trabalhando há algum tempo para formar um partido no nosso País. A minha opinião sobre isso não é a questão central. Ele (Leite) balizou a decisão dele, o Kassab fez uma boa construção com ele. Essa eleição vai ser duríssima, ninguém vai ganhar por antecipação.
A disposição de Leite de ser o candidato do PSDB mesmo após a derrota para Doria nas prévias é justa?
O gesto do Eduardo é muito importante nessa conjuntura em que estamos vivendo. O que ele fez foi procurar dentro da legislação existente condições para ficar no debate nacional. Temos hoje um conjunto de candidatos que representam isso que eu chamo de centro expandido da política brasileira. Na minha opinião, deveríamos convergir para uma, no máximo duas candidaturas.
Kassab citou seu nome como opção para uma candidatura à Presidência…
Kassab convidou o (Rodrigo) Pacheco e convidou o Eduardo, não me convidou. Eu não disse não, nem sim, não disse nada. E também não quero ser convidado porque não acho que cabe mais pré-candidatos nesse campo. A minha proposta é reduzir.
Por que o centro não se consolida como opção viável a Lula e Bolsonaro?
O jogo não está jogado, mas eu não subestimo essa polarização. Ela é forte, tem torcedores de lado a lado, não é simples furar essa polarização.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.