As redes sociais foram tomadas por imagens do nevoeiro que encobriu Ribeirão Preto na manhã desta quinta-feira (27). Nesse caso, um nevoeiro inofensivo, provocado pela umidade alta. No entanto, há 70 anos, um nevoeiro deixou um rastro de morte.
Foi em 5 de dezembro de 1952, no caso conhecido como Big Smoke, nevoeiro que causou grande poluição atmosférica na cidade de Londres e matou milhares de pessoas. O fenômeno foi considerado como um dos maiores impactos ambientais registrados até então, causado pela queima de combustíveis fósseis na indústria e nos transportes.
Segundo cálculos das autoridades londrinas da época, o nevoeiro causou a morte de 12 mil pessoas e deixou outros 100 mil doentes, vítimas de infecções respiratórias. O desastre ambiental começou com a chegada de uma frente fria a Londres, que fez com que as pessoas queimassem mais carvão do que o de costume.
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O nevoeiro chegou a interromper o trânsito nas ruas e até os espetáculos teatrais foram cancelados, pois a fumaça invadiu os espaços internos.
O grande número de mortos deu um importante impulso aos movimentos ambientais e levou a uma reflexão acerca da poluição do ar. Foram implantadas regulamentações legais restringindo o uso de combustíveis sujos na indústria e banindo a fumaça escura.
O carvão contém, além de enxofre, outros metais pesados e altamente tóxicos como mercúrio, níquel, cádmio e arsênio. Esse cenário criou uma cortina de fumaça tóxica, que durou cerca de cinco dias.
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