O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) afirma que os dois PMS (policiais militares) presos nesta quinta-feira (27) em Ribeirão Preto e em Guatapará são suspeitos de participarem de um grupo de extermínio. Eles participariam do grupo por “prazer” em matar e por motivação econômica.
A investigação foi feita pelo departamento de homicídios da Polícia Civil depois que um homem foi baleado em uma emboscada no começo deste ano. Um terceiro suspeito, que não faz parte da corporação, também foi detido na Operação Alcateia.
De acordo com o promotor Marcus Túlio Nicolino, os acusados estão presos temporariamente e a Polícia Civil e o MP-SP vão continuar as investigações para descobrirem se há a participação de mais pessoas no grupo. Eles teriam envolvimento com outro PM preso neste ano. Os investigadores e a promotoria acreditam que os suspeitos cobravam R$ 10 mil para matar cada pessoa.
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“A Polícia Civil fez boletins de ocorrência sobre vários homicídios que aconteceram aqui em Ribeirão Preto cuja autoria não foi apurada. Pode ser que vários homicídios tenham a participação dessas pessoas”, disse o promotor em entrevista à EPTV.
A investigação também apura o que motivou os crimes investigados. Segundo o MP-SP, isso envolveria a ganância por dinheiro e a vontade de matar.
“Por incrível que pareça, por prazer, por satisfação pessoal, motivação econômica também, de se apropriar de bens e valores, sobretudo de pessoas ligadas ao mundo do crime e outros tantos motivos que nós estamos apurando”, afirma Nicolino.
Em uma conversa entre os suspeitos, a investigação aponta que os integrantes do grupo agiriam com crueldade. “Nós temos que fazer isso para ganhar dinheiro”, disseram os acusados na conversa interceptada. “Assim que a Polícia Civil concluir as investigações, eles vão ser denunciados por homicídio qualificado”, completa o promotor.
Os dois policiais detidos foram levados para o presídio da PM em São Paulo, e o outro suspeito levado para cadeia de Santa Rosa de Viterbo. Eles vão passar por audiência de custódia na sexta-feira (28).
Procurada pela reportagem da EPTV, a defesa de um ex-policial detido em janeiro afirmou que não teve acesso ao processo da prisão, mas disse que o ex-agente de segurança agiu em legítima defesa.
A defesa de um dos PMs detidos nesta quinta-feira alega a inocência do cliente. As defesas dos outros detidos não foram encontradas. O comando da Polícia Militar não comentou sobre as prisões dos policiais (com EPTV).
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