A Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto) acusa o Poder Público de provocar a degradação do Centro de Ribeirão Preto. Em manifesto, a entidade mostra preocupação com o “gradativo processo de abandono” da região Central.
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De acordo com a entidade, a degradação ocasionaria em “reflexos extremamente perigosos na segurança e integridade física de comerciantes e moradores”. A entidade ainda disse que esse processo coincidiria com a extinção do sistema de videomonitoramento.
“Lembramos que, até alguns anos atrás, a Acirp era responsável pela manutenção de todo o sistema, formado por mais de 20 câmeras de vigilância. Até onde sabemos, os índices de violência na região Central eram significativamente inferiores aos atuais”, escreve a associação.
Os comerciantes ainda declararam no manifesto, que nos últimos meses foram registrados ataques de criminosos contra estabelecimentos na região, o que teria provocado, inclusive, o fechamento de um dos negócios.
“O momento das desculpas é passado. Precisamos de ação ou, pelo menos, indícios de que os gestores desta cidade têm um mínimo de preocupação com a região Central”, declara a Acirp no manifesto.
Na carta, a entidade pede aumento das ações de segurança e que o ambiente de negócios possa ser gerido por leis aplicadas sem distinção. “Por fim, exigimos o direito de poder comprar e vender sem ter as nossas vidas postas em risco, pela falta de proteção do Estado”, completa.
Outro lado
Por meio de nota, a Prefeitura de Ribeirão Preto informou que a Guarda Civil Metropolitana mantém uma base no Centro para garantir a proteção do patrimônio e os equipamentos públicos municipais.
E, declarou que, em relação a ações para coibir práticas criminosas, é de responsabilidade de outros órgãos de segurança pública. Além disso, afirmou que investe em ações para garantir a segurança da população, com a implantação de 102 câmeras, sendo 40 no quadrilátero central.
“Todas as câmeras estarão interligadas em um único sistema tecnológico de segurança, formando o programa Guardiões da Cidade”, afirma.
A SSP (Secretaria de Segurança de Pública) de São Paulo foi questiona sobre as ações de segurança desenvolvidas no Centro de Ribeirão Preto, mas não respondeu até a publicação da matéria.