Não é novidade para ninguém que estamos passando pela maior crise fiscal da nossa história. Porém, talvez seja novidade que a década de 2010 a 2020 foi perdida, mais do que a década de 1980 do século passado contada nos livros de história. Só que essa crise não existe em Brasília para nossos representantes políticos e para o sistema judiciário. São privilégios em cima de privilégios pagos com o dinheiro do povo.
Durante o período colonial, a monarquia portuguesa cobrava o Quinto dos brasileiros. Isso significa que era cobrado 20% sobre ouro e outros metais preciosos. Dentre outros motivos, isso resultou na Inconfidência Mineira. Hoje, nossa carga tributária está em torno de 33% e a dívida do país está perto de 90% do PIB. Porém o Arthur Lira subiu o benefício com despesa médica dos deputados de 50 mil para 135 mil.
Na Bíblia, o Reino de Israel foi dividido pelo excesso de imposto cobrado da população. Roboão, filho de Salomão, recusou-se a enxergar a situação da população que estava sob uma elevada carga tributária. Hoje, o Brasil tem 50 milhões de pessoas vivendo com 89 reais por mês, mas desembargadores que ganham 35 mil por mês receberam auxílio banda larga durante a pandemia.
A revolução francesa aconteceu por causa de uma população cansada de sustentar privilégios e excessos da nobreza francesa. O Rei Luiz XVI e sua corte viviam alienados à situação de miséria da população. No Brasil, temos 14 milhões de desempregados, mas o ministério público torrou 2 milhões com celulares de última geração.
Parece haver dois países diferentes. Um, onde não existe crise e nem desemprego, e outro, que é obrigado a sustentar o primeiro mesmo diante de uma realidade sufocante de desemprego, altos impostos e burocracia. Aqui não importa se é PT, PSDB, Bolsonaro, militar ou civil que esteja no poder. O atual presidente gastou 133 mil por dia em suas férias. Dilma, 544 mil em diárias visitando 13 países com sua corte. Lula gastou 2,5 milhões do fundo eleitoral com advogados de defesa.
Enquanto o Brasil for o país dos privilégios e privilegiados, jamais seremos um país de oportunidades. Excesso de gastos governamentais e altos impostos é a fórmula para o fraco crescimento de economias.