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CotidianoUSP de Ribeirão encontra hipoclorito em materiais coletados em Pontal

USP de Ribeirão encontra hipoclorito em materiais coletados em Pontal

Análises estão sendo feitas pelo Departamento de Química da USP de Ribeirão Preto; Polícia Civil procura responsáveis pelo vazamento do gás tóxico

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Mais de 90 vítimas foram levadas para a Santa Casa de Pontal (Foto: Laura Scarpelini / EPTV)
Mais de 90 vítimas foram levadas para a Santa Casa de Pontal (Foto: Laura Scarpelini / EPTV)

Pesquisadores do Departamento de Química da USP de Ribeirão Preto encontraram hipoclorito em materiais que foram coletados na região onde ocorreu o vazamento de gás tóxico, em Pontal. O acidente ocorreu na noite do último dia 4 de outubro (terça-feira), no bairro Campos Elíseos. Uma mulher morreu e outras pessoas precisaram ser hospitalizadas com sintomas de falta de ar.

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O professor Marcelo Firmino de Oliveira, explicou que dos sete materiais coletados na quarta-feira (12), entre eles papéis, chaves, cadeados e moedas, cinco apresentaram a substância. A análise laboratorial foi feita de acordo com os depoimentos dos moradores dos locais, que informaram à equipe, a existência de uma névoa e de fumaça saindo pelos ralos das casas, e onde ela atingia, produzia uma corrosão nas peças.

“Esse hipoclorito é produzido juntamente com cloro convencional. Na indústria de cloro soda quando a gente tem a mistura do gás cloro com água a gente produz ácido clorídrico e ácido hipocloroso. Provavelmente esses vapores, se eles tivessem ácido clorídrico na presença, na sua composição, esse ácido tem afinidade com metais, corrói metais, mas produz como produto final cloretos, que são substâncias de uso comum, presentes na forma comum no nosso meio”, explica.

 

 

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Segundo o professor, o hipoclorito não é encontrado na natureza da forma como ocorreu em Pontal, o que reforça a tese de contaminação. “É uma substância insanianete. A gente utiliza como produto de limpeza, porém nas quantidades utilizadas nas residências, tratamento de água, de piscinas, são previamente medidas, são as quantidades que podem ser aplicadas nos locais sem apresentar risco à saúde. Substância química pode ser aliada do ser humano ou pode causar esse efeito nocivo, inclusive levar a óbito. A diferença é a quantidade que a pessoa, que a população usa dessa substância. Em grande quantidade, descartada em tubulações de esgoto pode causar não só poluição ambiental como também pode produzir óbito e doenças em forma geral”, finaliza. 

 

Próximos passos

A análise feita pelo Departamento de Química da USP de Ribeirão Preto será enviada à Polícia Civil de Pontal que investiga o caso. A polícia está ouvindo testemunhas e segue trabalhando com a hipótese que o gás tenha se espalhado pelo esgoto.

“O importante é tentar compreender o mapa do incidente, a área de incidência do gás. A ideia é fazer um epicentro, ver onde foi o incidente mais grave, onde tiveram as pessoas mais graves, nós temos seis pessoas que foram internadas em estado grave, e a partir de então ver também as outras vítimas para ver também como foi a dispersão do gás no bairro Campos Elíseos”, explicou o delegado Igor Franco Godoy Dorsa em entrevista à EPTV. 

Polícia Civil apura origem de gás tóxico que matou mulher em Pontal - Foto: Samuel Santos/CBN Ribeirão)
Polícia Civil apura origem de gás tóxico que matou mulher em Pontal – Foto: Samuel Santos/CBN Ribeirão)
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