A concessionária Rumo, que opera linha férrea que passa por São Carlos, aumentou em 5,9% os carregamentos agrícolas e em 23,7% as cargas industriais que atravessaram as malhas Paulista e Norte da companhia, no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Em relatório para investidores, a companhia subsidiária da Cosan reportou redução de 4,9% nos carregamentos de soja, para 6,2 bilhões de toneladas/quilômetro útil (TKU, na sigla em inglês). O grão, juntamente com o farelo – que teve aumento de 6,6% para 2,3 bilhões de TKU – são os principais insumos transportados pela empresa.
A concessionária reportou, ainda, aumento de mais de 100% nas cargas de milho, para 1,1 bilhão de TKU, mas obteve redução de 51% nas cargas de açúcar, para 330 milhões de TKU.
Entre os produtos de maior valor agregado transportados na Malha Paulista, os destaques ficam para cargas industrializadas, cujo crescimento ficou em 33%, e combustíveis, acréscimo de 18,6%. São 595 milhões de TKU e 990 milhões de TKU, respectivamente.
A empresa calculou ter transportado no segundo trimestre volume equivalente a 15,1 bilhões de TKU.
A Operação Norte, que agrega as malhas Norte e Paulista, resultou em receita 20,2% maior no segundo trimestre desde ano, frente ao mesmo período do ano passado. A Rumo teve receita operacional de R$ 1,6 bilhão e lucro de R$ 739 milhões em lucro bruto.
A companhia passou a operar trens de 120 vagões, o que impacta no maior volume transportado por única composição. O reflexo é o menor consumo de combustíveis, com ganhos financeiros e ambientais.
Em São Carlos a Rumo tem realizado investimentos acordados na renovação de concessão. No município, o aumento da capacidade da Malha Paulista veio através da ampliação de pátio de espera para receber trens de até 120 vagões. Com presença insipiente há algum tempo, atualmente 80% das composições são de tamanho maior, em contraponto às de 80 vagões.
Outra melhoria feita pela empresa é a vedação da linha férrea, cujos pontos de interferência do tráfego de pedestres e veículos locais serão reduzidos ao máximo. Além do fechamento futuro da General Osório após a conclusão da ampliação do viaduto da antiga Ferroviária, a passagem do CDHU será extinta com a inauguração do viaduto da Avenida Morumbi. Outras passagens serão fechadas e substituídas por passarelas.
