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CotidianoPesquisador da USP São Carlos desenvolve equipamento que transforma materiais com "canhão de elétrons"

Pesquisador da USP São Carlos desenvolve equipamento que transforma materiais com “canhão de elétrons”

Nanopartículas modificadas, de bilionésima fração de milímetro, podem ser usadas no combate a bactérias, fungos e tumores

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Equipamento é menor, mais barato e mais fácil de manusear do que os concorrentes (Foto: Divulgação)

Pesquisador da EESC (Escola de Engenharia de São Carlos, da USP), em colaboração com a UFSCar, desenvolveu um equipamento inovador que modifica materiais através de feixe de elétrons.

Utilizando irradiação, o sistema permite manipular propriedades de materiais sem a necessidade de utilizar substâncias químicas tóxicas que poderiam contaminar o meio ambiente.

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As minúsculas partículas modificadas, de bilionésima fração de milímetro, podem ser usadas no combate a bactérias, fungos e tumores. O maquinário desenvolvido em São Carlos, inclusive, é mais acessível em termos de custo, facilidade de operação e tamanho reduzido. O preço do equipamento local é de US$ 40 mil (R$ 200 mil) bem distante dos até US$ 3 milhões (R$ 15 mi) cobrados no mercado.

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O objetivo do trabalho foi criar um equipamento portátil com custo-benefício capaz de irradiar materiais em larga escala, o que não era possível nos microscópios eletrônicos comerciais. Os resultados obtidos incluem a criação de diferentes estruturas aplicáveis a sensores de gases, modificação de superfícies para prevenir a replicação de vírus, incluindo o da Covid-19, e aprimoramento de biossensores para diagnóstico médico. Além disso, os materiais irradiados também podem ter aplicações na remoção da contaminação causada pela indústria, como a degradação de corantes lançados em rios”, afirmou o pesquisador João Paulo de Campos da Costa.

O cientista explica que o sistema é composto de uma fonte de alta tensão, um canhão de elétrons e uma câmara de vácuo, conjunto que pode ser controlado por computador ou manualmente.

Com a tecnologia, o aparelho conseguiu, ao aplicar o feixe de elétrons sobre fosfato de prata a obtenção de filme de prata sem a utilização de solventes, por exemplo. A prata tem efeito natural bactericida e antiviral.

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“Uma das aplicações que nós vimos é o revestimento de superfícies das máscaras contra a covid. Essas estruturas impedem a replicação do vírus, o que evita a contaminação da pessoa. Todos esses materiais podem também ser impregnados em superfícies através de sprays e de pintura para revestir superfícies em diferentes áreas”, conta Costa.

Após incidência sobre grafite, os elétrons induziram o enrolamento das camadas, resultado na formação de fulerenos, a terceira forma mais estável do Carbono, atrás do próprio grafite e diamante.

Segundo o orientador da pesquisa, João Paulo Pereira do Carmo, professor do Departamento de Engenharia Elétrica da EESC, a maior vantagem é o custo-benefício da máquina confeccionada: “A grande dificuldade atual é encontrar equipamentos com capacidade de processar os materiais em escala industrial e que simultaneamente permitam uma produção em série, dissolvendo o investimento inicial de desenvolvimento que, aliado ao uso de componentes comerciais de uso corrente, diminua o custo final”.

A inovação apresentada, apesar de seu custo substancialmente menor em comparação com alternativas similares, oferece aprimoramentos significativos na área de materiais e nanotecnologia, com maior precisão e eficiência. Esses avanços têm o potencial de trazer benefícios tanto para a ciência quanto para a indústria.

“Uma aplicação promissora dessa tecnologia é o revestimento de superfícies com materiais nanoparticulados modificados pelo feixe de elétrons, que podem ser impregnados em superfícies por meio de sprays ou pintura. Além disso, essa tecnologia também contribui para a síntese de novos materiais semicondutores, que têm ampla aplicação em diversas áreas, especialmente na eletroeletrônica, oferecendo potenciais avanços nesse campo” , explica Elson Longo, professor da UFSCar e co-orientador do projeto.

*Com informações da USP.

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