A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a comercialização, distribuição e uso do atum ralado em óleo comestível com caldo vegetal, fabricado pela empresa Cellier. A agência também determinou o recolhimento do produto.
A medida é referente a um lote fabricado em 8 de maio deste ano, com validade até 8 de maio de 2025. A medida foi publicada no Diário Oficial da União na sexta-feira (18).
Em comunicado, a agência informou que recebeu um relato do CVS-SP (Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo), sobre um surto em CEIs de Campinas (Centros de Educação Infantil) no fim de julho deste ano, após o consumo do alimento, com sintomas compatíveis com intoxicação alimentar por histamina.
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A contaminação do produto com valores acima dos limites tolerados pela legislação sanitária foi confirmada por um exame laboratorial realizado pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), segundo a nota.
A empresa não se manifestou nas redes sociais ou à imprensa até o momento.
O QUE É HISTAMINA?
A histamina é uma substância que pode se formar após a morte de pescados, quando as condições de manuseio e armazenamento do pescado são inadequadas.
Essa substância não é eliminada com o tratamento térmico do pescado (por exemplo, cozimento, esterilização comercial, defumação) durante a fabricação do produto final (como atum enlatado). Além disso, os peixes podem conter níveis tóxicos de histamina sem apresentar sinais como mau cheiro, alteração na consistência ou na coloração.
O consumo de alimento contaminado por histamina pode causar dormência, formigamento e sensação de queimação na boca, erupções cutâneas no tronco superior, queda de pressão, dor de cabeça, coceira na pele, podendo evoluir para náusea, vômito e diarreia.
A doença geralmente é leve e os sintomas desaparecem em poucas horas. Idosos e pessoas com problemas de saúde, porém, podem ter sintomas mais graves.
Em caso de qualquer sintoma prejudicial ou agravo à saúde após o consumo de alimentos, procure imediatamente um serviço médico.
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